Política

México rompe relações diplomáticas com Equador; saiba o motivo

Andrés Manuel - Reprodução: Montagem
A polícia do Equador invadiu a embaixada do México em Quito para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas.  |   Bnews - Divulgação Andrés Manuel - Reprodução: Montagem

Publicado em 06/04/2024, às 11h41   Rebeca Silva


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O México rompeu as relações diplomáticas com o Equador após policiais invadirem a embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.

O embate entre os dois países latino-americanos vinha crescendo desde a decisão do México de conceder asilo político a Glas, vice-presidente do ex-presidente esquerdista Rafael Correa entre 2013 e 2017.

Condenado duas vezes por corrupção, Glas diz que é alvo de perseguição política e estava abrigado dentro da embaixada.

Mas, na sexta-feira, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em sua conta oficial do X, disse ter sido informado de que “a polícia do Equador entrou à força” na embaixada mexicana e levou Glas – que “era um refugiado e estava procurando asilo por causa da perseguição e assédio que ele enfrenta.”

Andrés

Um comunicado divulgado pelo governo do Equador no X (antigo Twitter) também confirmou a prisão.

Glas foi “condenado à prisão pelo sistema de justiça equatoriano”, dizia o comunicado do governo do Equador, e foi “preso esta noite e colocado sob as ordens das autoridades competentes”. Foi-lhe concedido asilo diplomático “contrariamente ao quadro jurídico convencional”, disse o governo.

“É uma barbárie”, acrescentou Canseco. “É impossível para eles violarem as instalações diplomáticas como fizeram.”

O ato teria ido na contramão da Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961. O documento diz que os locais de missões de um país dentro de um outro (como embaixadas e consulados) são considerados invioláveis. Ambos os países  aderiram à regra na década de 1960.

Ainda segundo o tratado, a entrada de agentes de estado nesses locais precisa da autorização do chefe da missão estrangeira. No caso do Equador, a polícia deveria solicitar permissão ao embaixador mexicano para acessar o local.

Em comunicado oficial, o governo equatoriano afirmou que "não vai permitir que nenhum criminoso fique impune", referindo-se a Jorge Glas. A nota acrescenta que o Equador respeita o povo mexicano e que embaixadas servem para estreitar relações entre os dois países.

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