Política

Ministério da Defesa não encontrou fraudes nas urnas, mas fez discurso "dúbio"; entenda

José Cruz/Agência Brasil
Relatório do Ministério da Defesa foi entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite desta quarta-feira (9)  |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 09/11/2022, às 20h45   Cadastrado por IA


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Ao entregar o tão esperado relatório sobre as urnas eletrônicas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite desta quinta-feira (9), o Ministério da Defesa, apesar de não ter encontrado fraudes nas urnas, fez um discurso "dúbio".

Isso porque o documento produzido pelas Forças Armadas, segundo o UOL, faz uma série de sugestões de melhorias e, também afirma que no caso do teste de Biometria realizado neste pleito ainda há "lacunas" que não permitem atestar a sua eficiência.

O discurso serve como uma espécie de "consolo" ao bolsonarismo, uma vez que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda acreditam na teoria de que as eleições foram fraudadas e que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria se beneficiado disso.

O grupo de apoio ao mandatário esperava que graves questões sobre o processo eleitoral fossem expostas, o que poderia elevar o tom dos ataques às urnas eletrônicas, mesmo com outras entidades e instituições já terem corroborado pela confiabilidade dos equipamentos.

Com relação a essas "lacunas", o documento aponta que "não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento".

Os militares chegaram a solicitar ao TSE para que os testes de biometria fossem realizados em um universo maior de pessoas, mas a Corte Eleitoral afirmou que por ser um projeto-piloto voluntário não poderia forçar o eleitor a participar.

Interesse público

O Ministério da Defesa argumentou ainda que, para justificar o fato de ter tornado o relatório público, que há um "amplo interesse público nos resultados" e, em nota, disse que o documento foi produzido por uma "equipe composta por oficiais de carreira especialistas em gestão e operação de sistemas de tecnologia da informação; em engenharia de computação e de telecomunicações; em defesa cibernética; entre outras, seguindo "rigorosamente" os parâmetros estabelecidos em uma resolução do TSE de dezembro do ano passado.

A pasta salienta ainda que o relatório "apresenta observações, conclusões e sugestões relacionadas", especificamente, ao sistema eletrônico de votação, conforme as atribuições definidas pelo Tribunal às entidades fiscalizadoras.

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