Ministra da Saúde nega haver pressão do Centrão por sua saída: “Boato”

A ministra Nísia Trindade, da Saúde, negou neste sábado (1º), em Salvador, que esteja sofrendo pressão para deixar o comando do ministério. De acordo com informações de bastidores da política em Brasília, o presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL) teria o interesse de indicar um novo ministro para a pasta, como uma condição para viabilizar a consolidação de uma base aliada maior para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional.

Questionada sobre a existência dessa pressão, Nísia inicialmente hesitou a responder, mas depois concordou com o deputado federal Antonio Brito (PSD-BA), que afirmou se tratar de um boato.

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“O mais importante é o Ministério da Saúde fazer o seu trabalho dentro de uma equipe que está trabalhando em conjunto com o presidente Lula. Nós estamos fazendo esse movimento para a vacinação; estamos fazendo a Farmácia Popular, que foi retomada; o Mais Médicos, que eu espero que ajude muito à população da Bahia, principalmente onde tem mais dificuldades de ter médicos”, declarou a ministra.

Nísia também reforçou que mantém boa relação com os parlamentares em Brasília. De acordo com ela, o diálogo com o legislativo é parte importante da democracia.

“Eu trabalho junto com o Poder Legislativo todo o tempo, conversando com os deputados, com os senadores. Eu acredito na democracia e acredito que vamos vencer na luta para fortalecer o SUS e reconstruir o Brasil”, disse Nísia Trindade.

A titular da Saúde ainda falou da importância do trabalho conjunto entre os poderes públicos federal, estadual e municipal, da forma como aconteceu na campanha de vacinação lançada neste sábado em Salvador.

“É muito importante levar a vacina onde a população está. Esse trabalho conjunto do Ministério da Saúde com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, também com o apoio da Secretaria Municipal de Salvador, é fundamental. Estamos aqui juntando as forças do SUS para fazer o Brasil voltar a ser uma referência de vacinação e para proteger a nossa população”, concluiu.