Política

Ministro contraria Bolsonaro e rechaça mexer no preço da gasolina

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Adolfo Sachsida diz que governo tenta amenizar problema com redução de impostos  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Agência Brasil

Publicado em 21/06/2022, às 13h07   Redação


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O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta terça-feira (21) que o nome de Caio Paes de Andrade "satisfaz todos os critérios necessários para estar à frente" da Petrobras. "Eu respeito o presidente José Mauro [Coelho], ex-presidente da Petrobras. Todo respeito a ele, ao CA [Conselho Administrativo], seus diretores. Mas, tão logo eu assumi como ministro, eu achei por bem promover uma troca na empresa porque acredito que é o momento de aumentar a competição. Não há como ajudar o consumidor brasileiro com a estrutura atual."

José Mauro Coelho abriu mão do cargo nesta segunda-feira (20) diante da ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) para tentar reduzir o preço dos combustíveis antes das eleições e do anúncio de uma CPI da Petrobras. O PL, partido do presidente, articula a criação da comissão na Câmara dos Deputados.

Adolfo Sachsida também afirmou que não é possível interferir no preço dos combustíveis, apesar de a União ser a acionista majoritária da empresa. Ela disse que o governo tenta "amenizar o problema" com a redução de impostos federais e que não existe "bala de prata" nem "salvador da Pátria".

"Eu entendo que muitos dos senhores são cobrados pela população porque é difícil para a população entender por que o governo não interfere no preço dos combustíveis. Com toda a transparência, eu preciso ser claro: não é possível interferir no preço", disse o ministro aos deputados federais.
"Não está no controle do governo. E, honestamente, preço é uma decisão da empresa, não do governo. Além disso, nós temos marcos legais que impedem intervenções do governo na administração de uma empresa, mesmo o governo sendo o acionista majoritário", completou.

Adolfo Sachsida participa de audiência pública na Câmara dos Deputados. Ele foi convidado para falar sobre o preço dos combustíveis e sobre a intenção do governo de privatizar a Petrobras, anunciada assim que assumiu o ministério.

*Com informações da Folha de São Paulo

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