Política

Ministro flagrado em micareta tem média de uma agenda semanal ligada a Sergipe

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Márcio Macêdo ainda bancou a viagem de três funcionários para Aracaju, onde os servidores participaram do Pré-Caju  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 13/01/2024, às 17h22 - Atualizado às 17h23


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Após ser flagrado por usar dinheiro público em uma viagem para uma micareta em Aracaju (SE), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, teve uma média de uma agenda por semana ligada a Sergipe ao longo de 2023. As informações estão disponíveis no sistema eletrônico de agendas de autoridades do Executivo.

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De acordo com os dados presentes em sua agenda, Macêdo passou ao menos 59 dias tendo reuniões ou participando de algum compromisso em Sergipe, onde está a sua base política.

Pelo Estado nordestino, Macêdo foi deputado federal de 2011 a 2015 e voltou a ocupar o cargo em 2022, depois da cassação de Valdevan Noventa (PL). Ele também disputou a Prefeitura de Aracaju nas eleições municipais de 2020, porém obteve apenas 9,55% dos votos no primeiro turno, ocupando a quarta colocação.

Ao longo do ano passado, Macêdo teve ao menos seis encontros com o prefeito da capital sergipana, Edvaldo Nogueira (PDT). O ministro vem sendo cotado para disputar o cargo na eleição municipal deste ano.

O ministro ainda teve pelo menos seis vezes com o governador Fábio Mitidieri (PSD). Na oportunidade, Macêdo esteve acompanhado por representantes do Estado no Congresso Nacional, como o senador Rogério Carvalho (PT-SE) e a deputada Delegada Katarina (PSD-SE).

Durante as agendas, Macêdo se encontrou com outros prefeitos e concedeu entrevista a veículos de comunicação de Sergipe e marcou presença em eventos, que vão desde a entrega de tratores e implementos agrícolas na Sede da Codevasf em Sergipe até a visitas a hospitais e as instalações da Universidade Federal de Sergipe.

As agendas de Márcio Macêdo passaram a ser questionadas depois que ele usou R$ 18,5 mil dos cofres públicos para bancar uma viagem de três funcionários para Sergipe. No entanto, os servidores não tinham agenda oficial em Aracaju e apenas participaram do Pré-Caju.

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