Política

Ministro faz confissão sobre foto sua em Bíblia patrocinada por pastor; veja detalhes

Arquivo/Agência Brasil
Ministro afirma que soube em outubro do ano passado que livros foram distribuídos em eventos não religiosos e desautorizou aliado a fazer as impressões  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 28/03/2022, às 16h31 - Atualizado às 18h47   Daniela Pereira


FacebookTwitterWhatsApp

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, admitiu nesta segunda-feira (28) que sabia da utilização de sua imagem em bíblias do pastor Gilmar Santos, líder da igreja Cristo para Todos. De acordo com informações do Estadão, exemplares do livro com fotografias do ministro foram patrocinados pela prefeitura de Salinópolis (PA) e distribuídos durante evento do MEC na cidade.

Em uma rede social, o ministro disse que havia autorizado, em 2021, o uso de sua imagem "para a produção de algumas Bíblias para distribuição gratuita em um evento de cunho religioso". Ribeiro escreveu que descobriu, em outubro, que as Bíblias haviam sido distribuídas em outros eventos sem sua autorização. "Novamente agi com diligência e de forma tempestiva para evitar o uso indevido de minha imagem. Imediatamente, em 26 de outubro de 2021, enviei ofício desautorizando esse tipo de distribuição", afirmou.

O ministro ainda publicou duas fotos que, segundo ele, comprovariam sua atuação. Uma delas é uma carta sem data, numeração ou timbre do Ministério da Educação, na qual Ribeiro desautoriza o uso de sua imagem. Da outra fotografia constam duas imagens, uma tabela com a data de 26/10/2021 junto a um aviso de recebimento dos Correios, que não trata do conteúdo do que foi enviado ao pastor Gilmar.

Após pressão diante de áudios vazados nos quais Ribeiro afirma que o governo Jair Bolsonaro (PL) prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC, Ribeiro pôs o cargo à disposição do presidente Bolsonaro.

Além disso, prefeitos acusam os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura de cobrança de propina para destravar recursos do MEC. Ao Estadão, os prefeitos disseram que os religiosos teriam pedido contrapartidas em barra de ouro, dinheiro e compra das Bíblias de Gilmar Santos.

*Com informações do Estadão

Leia Mais:

Milton Ribeiro é convidado a dar explicações ao Senado sobre escândalo no MEC; veja provável data

Cármen Lúcia, do STF, determina abertura de inquérito sobre ministro da Educação

Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp

Tags