Política

Ministros do STF derrubam afastamento e devolvem governador de Alagoas, Paulo Dantas, ao cargo

Divulgação/Assembleia Legislativa de Alagoas
Com a medida que consta em duas decisões do STF, assinadas pelos ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, o político pode voltar ao cargo  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Assembleia Legislativa de Alagoas

Publicado em 24/10/2022, às 19h53   Camila Vieira


FacebookTwitterWhatsApp

O afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB) foi derrubado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (24). Com a medida que consta em duas decisões, assinadas pelos ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, o político pode voltar ao cargo. Ele havia sido afastado no dia 11 de outubro por decisão da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Laurita Vaz, confirmada posteriormente pela maioria da Corte Especial do STJ.

À época, a medida atendeu a um pedido da Polícia Federal na esteira da investigação sobre o uso de funcionários fantasmas e desvios de recursos na Assembleia Legislativa de Alagoas quando era deputado estadual. De acordo com a investigação, o esquema de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa de Alagoas teria sido chefiado pelo governador. As investigações apontam que foram feitos saques em dinheiro em nome de funcionários fantasmas. Ainda de acordo com as investigações, aproximadamente R$ 54 milhões foram desviados desde 2019

Os investigadores dizem que Paulo Dantas continuava nomeando funcionários fantasmas e se beneficiando do esquema mesmo no cargo de governador. A mulher de Paulo Dantas, Marina Thereza Cintra Dantas, uma irmã dele e dois cunhados também são investigados por terem despesas pessoais pagas supostamente com dinheiro desviado.

Paulo Dantas assumiu o governo do estado em maio deste ano. Ele foi eleito indiretamente pela Assembleia Legislativa, depois que Renan Filho, também do MDB, se afastou para concorrer ao Senado. Paulo Dantas concorre à reeleição com apoio do ex-presidente Lula, do PT, e do senador Renan Calheiros, do MDB. Do outro lado da disputa está Rodrigo Cunha, apoiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

As investigações, disse a ministra, mostram que o esquema envolveu a nomeação de 93 servidores fantasmas para cargos comissionados. Foram identificados vários saques em dinheiro, o que, segundo a ministra, foi adotado para dificultar o rastreamento.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp