Política

Moro tenta “apagar” provas do processo que pode cassá-lo

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
O ex-juiz é investigado por ter ultrapassado o teto de gastos estipulado pelo TSE para as eleições ao Senado  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 25/10/2023, às 10h36


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O senador Sergio Moro (UB) parece estar insatisfeito com a quantidade de notas fiscais, contratos e relatórios de gastos que seu antigo partido, o Podemos, vem entregando ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

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De acordo com a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, a defesa de Moro apresentou ao relator do processo que pode cassar o seu mandato, desembargador Dartagnan Serpa Sá, um pedido para que 1,2 mil páginas com provas apresentadas pelo Podemos fossem desconsideradas do caso. Caso a solicitação seja acatada apenas 168 páginas seriam consideradas valida pelo Judiciário.

Os advogados de Moro alegam que o Podemos já tinha todos os registros em setembro, quando entregou uma primeira leva de documentos ao TRE, a pedido do próprio tribunal, que investiga se o teto de R$ 4,4 milhões foi ultrapassado na pré-campanha do ex-juiz ao Senado, como defendem o PL e o PT.

Em outubro, o Podemos apresentou outras 868 e 343 páginas, referentes a segunda e terceira levas, respectivamente. A defesa de Moro diz que essa divisão não era apropriada.

Como exemplo do que considera como seria o procedimento correto, a defesa do senador cita o União Brasil, atual partido do parlamentar, que enviou registros semelhantes ao TRE-PR em uma única oportunidade. No caso do Podemos, os advogados dizem que a divisão dos conteúdos seria uma “falha técnica”.

Segundo o PT e o PL, a papelada apresentada pelo Podemos comprova que Moro superou os R$ 4,4 milhões autorizados pelo TSE para a pré-campanha. Entre os gastos, estão alo menos R$ 396 mil para adquirir carros blindados; R$ 522,7 mil com aluguel de veículos desse tipo e contratações de seguranças e R$ 344 mil com táxi aéreo, entre outros gastos. O ex-juiz nega que tenha extrapolado o limite de gastos.

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