Política

Mulher é condenada por chamar crítico de Lula de “negro, pobre e burro” nas redes sociais; entenda

Cristiano Sérgio / Fotoforum
Mulher foi condenada por injúria após chamar crítico de Lula de “negro, pobre e burro” em uma postagem  |   Bnews - Divulgação Cristiano Sérgio / Fotoforum

Publicado em 12/10/2023, às 14h25   Cadastrado por Lula Bonfim



Uma mulher identificada como Joyna Maria Alves e Silva foi condenada por injúria, nesta quarta-feira (11), após chamar um crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “negro, pobre e burro” nas redes sociais. A decisão foi da 2ª Vara Criminal de Taguatinga, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

A condenação inicial de Joyna Maria foi de um ano e quatro meses de prisão. Porém, como ela não possuía antecedentes criminais, a pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana, além do pagamento de R$ 3 mil em indenização por danos morais.

De acordo com o portal Metrópoles, o fato que resultou no processo ocorreu em 2018, quando Lula ainda estava preso, por condenações — hoje anuladas — no âmbito da Operação Lava Jato.

Alberto Silva Souza teria feito críticas a Lula em uma publicação nas redes sociais, de um meme sobre o petista no Instagram. Ao ver os comentários dele, Joyna Mirna se indignou e também comentou: “Tu és negro, pobre e imbecil! Te enxerga na pirâmide social”, disparou a lulista.

Na avaliação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), tal comentário de Joyna Maria pretendia apenas “conduzir a vítima a uma reflexão acerca dos modelos políticos atuais”.

Porém, na sequência, Joyna Maria foi à conta pessoal de Alberto no Instagram e o atacou diretamente, comentando em uma das fotos do rapaz. “Ô lástima. Negro, pobre e burro”, publicou.

Foi neste momento que Joyna Maria, na avaliação do MPDFT, “ultrapassou os limites da razoabilidade e do âmbito da discussão política”, incorrendo no crime de injúria.

“Ao assim proceder, a denunciada deixa de tentar demonstrar características da vítima que seriam incompatíveis com a gestão do governo Bolsonaro e passa a se utilizar da sua raça/cor para ofendê-la, associando-a a uma pessoa burra, por ser negra, pobre e cujo pensamento político diverge do seu”, apontou o Ministério Público.

O juiz concordou com a avaliação feita pelo MPDFT, entendendo que Joyna “ultrapassou os limites da discussão anteriormente travada, deixando de lado qualquer contexto relacionado a posicionamento político divergente e direcionando ofensas à pessoa da vítima, utilizando-se de elementos referentes à raça/cor e origem, não podendo tal comportamento ser tratado somente como uma simples inadequação da sua forma de expressar”.

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