Política
O coronel Jean Lawand Júnior depôs na manhã desta terça-feira (27) na CPMI dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Na oportunidade, Lawand Júnior negou que desejava dá um golpe de Estado e disse que esperava por uma mensagem “apaziguadora” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em mensagens obtidas pela Polícia Federal, o coronel pediu para que ao ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, convencesse o então presidente a dar uma “ordem” ao Exército. À CPI, Lawand Júnior disse que gostaria que Cid explicasse “o que estava acontecendo”.
“A ideia minha desde o começo era que viesse alguma manifestação para poder apaziguar aquilo, as pessoas voltarem às suas casas e seguirem a vida normal”, disse. “O ex-presidente Bolsonaro tinha uma liderança sobre a população, pelo menos sobre seu eleitorado”, acrescentou.
Na sequência, a relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), rebateu a fala e acusou o coronel de “infantilizar” a comissão.
“O senhor não pode infantilizar essa comissão. Aqui, como se diz no meu Maranhão, o mais besta conseguiu se eleger deputado federal, senador e senadora. As colocações que vossa excelência coloca aqui são totalmente incompatíveis com o conteúdo de mensagem que o senhor próprio escreveu”, disse a parlamentar.
As trocas de mensagens entre Lawand e Cid citados pela PF ocorreu entre 27 de novembro de 2022 e 4 de janeiro deste ano. Em uma delas, o coronel pede para que Bolsonaro dê a ordem para o golpe.
“Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele [Bolsonaro] dê a ordem que o povo tá com ele, cara. Se os caras não cumprir, o problema é deles. Acaba o Exército Brasileiro se esses cara não cumprir a ordem do, do Comandante Supremo. Como é que eu vou aceitar uma ordem de um General, que não recebeu, que não aceitou a ordem do Comandante. Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer”, disse Lawand em um dos áudios.
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