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Na Sombra do Poder: Fraternos agregados no sul da Bahia

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Os bastidores da política baiana  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews / Reprodução

Publicado em 09/11/2017, às 05h55   Editoria de Política


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Fraternos agregados

A ação da Polícia Federal contra o casal de prefeitos de Porto Seguro (Cláudia Oliveira), Eunápolis (Robério Oliveira) e contra o irmão de Cláudia, Agnelo Santos, de Santa Cruz Cabrália, tem deixado muita gente ansiosa pelos desdobramentos. Como toda família, muitos agregados compunham a “cozinha” do casal. A lista não se restringe a político. Tem músico, dono de banda, trio elétrico, empresários de ramos diversos. Os numerosos “parceiros” estão agora trocando hinos do axé por orações... Fraternos no dos outros é refresco.

O lixo de Robério cheira mal 

Não é de hoje que a história da coleta de lixo na cidade de Eunápolis, pilotada por Robério e Cláudia Oliveira, cheira muito mal. Fontes do BNews afirmam que se o Ministério Público remexer a coleta urbana, a coisa vai feder muito mais do que a família Oliveira imagina... Ah! Vai!

Extensão

É inevitável na política. A equação é fechadinha. Não tem jeito. Quem muito tem, se expõe. E o PSD baiano, com sua extensa lista de prefeitos e políticos, tem a capilaridade necessária para assegurar muitos votos, mas o telhado vai ficar fragilizado diante de um “pé-direito” alto em uma realidade política que mais parece encosta sustentada por manta. O caso do sul baiano expôs a legenda.

Quem dá mais

Rui Costa e ACM Neto polarizam a eleição que se avizinha. Ambos se dedicam a inaugurações como numa corrida frenética por cliques fotográficos e aparições. No centro de cada registro está o “candidato futuro” ao Palácio de Ondina. Atrás de ambos, um séquito de deputados, vereadores e pretensos postulantes proporcionais que se acotovelam em busca de um espaço no cenário. Para além, ainda tem as intermináveis selfies. Haja gente acreditando que foto ao lado de cacique traz votos. Das duas uma: ou o eleitor é fútil ou a “turma” é fraca mesmo de estratégia.

BBMP

Guilherme Bellintani partiu para disputar a presidência do Bahia. Criou instabilidade política partidária dentro da estrutura do futebol. Melhor dizendo, intensificou o que já existia. Mas aí veio a turma do PT e disse que não toparia influência desta natureza no tricolor. Indicou dois para compor a chapa do conselho. Detalhe: Bellintani fez reunião com todo mundo. Dentro o clima é mais tranquilo que fora. Mas a picuinha rende bons cliques e gera assunto na rádio-corredor. E sendo assim, não ficaríamos de fora.

Caminhão tombado

Depois de virar um novo leproso político como o irmão Geddel Vieira Lima, agora o deputado federal Lúcio Vieira Lima, do PMDB, tem sofrido um novo ataque, além do jurídico no âmbito da Lava Jato: ex-aliados têm ido para cima de suas bases para angariar votos. Sabe aquela história de um caminhão tombado alvo de saques? Soa do mesmo jeito. Mas há quem diga que urubu não perde viagem. 

E o medo da República de Curitiba

Mas Lúcio, apesar das dificuldades, não está tão tombado assim. Pode estar fora da linha de frente, mas busca viabilizar sua reeleição, caso tenha autorização para ser candidato. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Perder o foro é um risco de cair nas mãos da apelidada “República de Curitiba”.

(Des)exclusivo

Desculpem o neologismo ridículo. Dito isso: alguns atores políticos como Tia Eron (PRB), Leur Lomanto Júnior (PMDB), Otto Filho (PSD) entre outros, que podem ocupar uma vaga em chapa majoritária têm sido assediados pelos “colegas” a anunciar isso com alguma ligeireza. A razão é simples, os tais “colegas” querem argumento para abocanhar lideranças, prefeitos e agentes de votos destas figuras. Dizem que, na última semana, o incentivo de um correligionário a um desses supramencionados foi tão agressivo que acabou provocando troca de farpas verbais. Baixaram o nível.

(Des)exclusivo II

Tem uma turma quem insiste em noticiar qualquer besteira e colocar: Exclusivo. #ficafeio

A luta não acabou

Engana-se quem pensa que os empresários do consórcio Parque dos Ventos jogarão a toalha por algumas dezenas de milhões de reais e deixarão Neto construir o Centro de Convenções no antigo Aeroclube. A briga é de gente grande e o tempo joga contra o prefeito. Tasso Jereissati e seus sócios baianos não parecem que vão topar qualquer parada para ajudar o demista. 

E por falar nele

Girando a chave para mudar do mundo empresarial para o político/empresarial, mas ficando no ninho tucano, Tasso Jereissati tem o apoio de dois dos três deputados federais do PSDB da Bahia (João Gualberto e Jutahy Magalhães). Em Brasília, o que se diz é que Marconi Perillo, governador de Goiás e adversário de Jereissati pelo comando nacional do PSDB, tem o apoio de Imbassay. O problema é que junto com Imbassahy vão os ministros do governo Temer – que estão na pior em avaliação – além da turma de Aécio que dispensa comentários.

Descendo a ladeira

José Antônio Rodrigues, secretário da Saúde de Salvador, não conseguiu dar uma resposta rápida ao desperdício de medicamentos na cidade. Impossível deixar de registrar que o secretário que anda, ou melhor, faz cooper com Aleluia - crítico contumaz das gestões petistas -  não tem ajudado muito o prefeito e seus aliados. É, sem dúvida, a parte mais vulnerável da gestão da capital, na avaliação dos adversários.

Xadrez

Lídice da Mata está ficando sem tempo para a próxima jogada eleitoral. Os petistas dão como certa a candidatura da senadora à Câmara dos Deputados. Afirmam que não há espaço na majoritária e que Lídice precisa resolver logo para anunciar. “Existe a intenção de auxiliá-la na candidatura. Todo mundo topa, mas ela precisa anunciar logo sob pena de perder o time e ficar de fora dos planos”.

Dama

Carlos Martins decidiu, sem comunicar à sua corrente interna no PT, que será candidato a deputado federal. Ele é da Reencantar. O problema: Joseildo Ramos lançou candidatura à Casa Baixa do Congresso Nacional. Na avaliação de 10 entre 10 petistas consultados, um “mata” o outro eleitoralmente. Não há espaço para ambos. Agora, resta saber se o secretário da Justiça jogou dama e terá que retirar o nome.

Sudoku

Joguinho de lógica interessante. Faz-se conta nele. O pessoal da Democracia Socialista do PT fez isso. Viram que daria para eleger três federais. Zé Neto é da corrente. Afonso Florence também. Robinson Almeida recuou e se lançou para estadual. O movimento ou conta deveria inspirar os comunistas. Isaac de Juazeiro vem forte. Daniel Almeida opera o partido. Alice tem o recall de eleições continuadas. Resta saber se Davidson vai avaliar o cenário com pragmatismo.

Almoço frio

Criou-se muita expectativa em torno do almoço da oposição na última segunda-feira (6) dada a possibilidade de lideranças como Lídice da Mata (PSB), Otto Alencar (PSD), Davidson Magalhães (PCdoB) e João Carlos Bacelar (PODE) se fazerem presentes. A iniciativa do líder da oposição, vereador Zé Trindade (PSL), foi boa, mas o impacto não saiu como o esperado.

Faltou a “mistura” 

Três aspectos influenciaram essa leitura: os grandes nomes não se fizeram presentes, a bancada não estava completa para, pelo menos, dar um ar de unidade e os discursos não foram alinhados, pois até críticas à falta de atenção ao governo do Estado teve na mesa do debate.

Sobre a mesa ou sobremesa? 

O certo é: de fato a bancada de oposição tem sido preterida e não é “prestigiada” pelos núcleos estaduais que os assistem. Cabe a eles o discurso mais aguerrido contra o principal inimigo do projeto do governador Rui Costa (PT), o prefeito ACM Neto (DEM), fato que não é visto pelos aliados da Assembleia Legislativa da Bahia.

Em cima do muro 

Não caiu bem o discurso do presidente da Câmara, vereador Léo Prates (DEM), de defender um DEM de centro esquerda e acompanhar uma tendência de captar políticos esquerdistas. Tudo bem que Léo bebeu da fonte e teve uma formação política do lado de lá, mas dizer que o lado de cá tem que seguir uma linha totalmente diferente das suas posturas dos últimos não soou legal entre membros da própria legenda.

Inflexão à direita

O presidente do Democratas na Bahia, deputado federal José Carlos Aleluia, não gostou nada da declaração do presidente da Câmara Municipal, Leo Prates (DEM), sobre os rumos que a sigla deveria tomar a nível nacional. “O vereador fala o que ele quiser, mas o DEM nunca foi nem nunca será um partido de esquerda”, disparou Aleluia.

Momento vergonha alheia no secretariado de ACM Neto


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