Política

NOVO tem baixa importante após pedido de instalação de CPI contra Judiciário; entenda

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Na decisão, ex-membro do NOVO afirmou que partido não segue os mesmos ideais de quando foi criado  |   Bnews - Divulgação Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 25/11/2022, às 19h03 - Atualizado às 19h07   Cadastrado por Yuri Abreu


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O partido NOVO teve uma baixa importante, nesta sexta-feira (25), após um pedido de instalação de CPI contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter sido protocolado, na quinta-feira (24), pelo deputado federal do partido, Marcel van Hattem (RS).

Conforme o parlamentar, o objetivo é investigar eventuais abusos de autoridade praticados por membros dos dois órgãos do Judiciário. O pedido foi protocolado com 181 assinaturas - todas já conferidas -, 10 a mais do que o mínimo necessário, segundo a CNN Brasil.

No pedido da CPI, Marcel van Hattem afirma querer a CPI “com a finalidade de investigar a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem a observância do devido processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade, por membros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal, nos casos a seguir descritos”.

Porém, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dar andamento ao pedido de CPI - o pepista, no entanto, ainda não se manifestou oficialmente.

Ao tomar conhecimento deste movimento, o ex-presidente e fundador do partido, João Amoedo, anunciou a desfiliação dele do NOVO e, em uma rede social, criticou os membros que estão à frente do partido atualmente.

"Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010. Deixo um agradecimento especial a todos que fizeram parte desse time que com dedicação, humildade e determinação transformaram em realidade o que parecia ser impossível", iniciou Amoedo.

"Infelizmente, o NOVO, fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais (...) Ao longo dos últimos 33 meses, sob a atual gestão, o NOVO foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na política", prosseguiu o empresário.

Na sequência da postagem, ele afirmou que o partido vem descumprindo o próprio estatuto, além de outras manobras. "(...) aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia".

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