Oposição na ALBA reage às invasões de terra no sul da Bahia por supostos indígenas

A oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) reagiu às invasões de terra que vem ocorrendo desde o final ao ano passado, em especial nas propriedades rurais localizadas na região de Porto Seguro, no sul do estado.

O clima de insegurança nos últimos dias se tornou mais intenso ainda mais quando pela forma de atuação dos grupos, que geralmente chegam na calada da noite e determinam o prazo para que o dono e funcionários deixem o local levando o que podem.

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O produtor Marivaldo Almeida, dono de uma fazenda localizada na estrada de Parque Nacional do Descobrimento, em Prado, contou que teve suas terras invadidas duas vezes em um curto intervalo de tempo.

"Minha propriedade tem 48 hectares, tem plantação de café, pimenta e cacau, e outra parte de pecuária. Na primeira invasão, dia 28 de dezembro, chegaram quatro pessoas e saíram daqui com a promessa de que iam voltar e voltaram 30 homens armados. Liguei para as autoridades, mas nada foi feito. Alguns amigos foram lá e me ajudaram a retirar os equipamentos. Eles chegaram à noite e passaram a madrugada toda batendo tambor dentro de minha casa. Mandaram deixar a internet e a bomba de água", disse ele ao BNews, nesta terça-feira (10).

Um das reações da bancada oposicionista na Assembleia partiu do deputado estadual Tiago Correia (PSDB). O tucano condenou as invasões ao pontuar que há informações de que grupos de criminosos estejam se associando e estimulando os ditos “indígenas” a promoverem as invasões, usando-os como escudo e apostando na impunidade. Eles identificam as propriedades com produção estocada e promovem o saque.

“Criminosos que se passam por indígenas estão roubando as fazendas. Produção estocada, maquinário e benfeitorias estão sendo saqueados dos agricultores. Estão expulsando famílias das próprias casas e promovendo um verdadeiro terrorismo na região”, disse o parlamentar.

Ainda segundo ele, a presença de supostos indígenas tem inibido a ação policial no crime. “São verdadeiras máscaras para tentar manipular a polícia e conseguir realizar os absurdos que estão acontecendo no sul da Bahia. Estou atento a isso e preocupado com a situação. É urgente que o Governo do estado acompanhe estas ações terroristas para proteger os agricultores, como também os grupos de pessoas usadas nessas ações”, completou.