Política

Padrinho de Flávio Bolsonaro usa verba pública para passar finais de semana no Rio

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Padrinho de Flávio Bolsonaro foi nomeado para cargo público e fez 56 deslocamentos suspeitos em 2 anos  |   Bnews - Divulgação Foto: Divulgação

Publicado em 27/07/2022, às 06h39   Lucas Marchesini/Folhapress


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Padrinho de casamento de Flávio Bolsonaro (PL) e indicado ao cargo pela relação com o filho mais velho do presidente da República, o secretário nacional do Esporte, Marcelo Reis Magalhães, usa verba pública para passar feriados e finais de semana no Rio de Janeiro, onde tem casa.

O secretário do governo de Jair Bolsonaro (PL) já fez quase 100 viagens adquiridas pelo governo junto a empresas aéreas desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2020, sendo que, em quase todas elas, não há registro de atividade pública exercida.

Em mais da metade, os deslocamentos lhe proporcionaram passar finais de semana (completos ou parciais) ou feriadões no estado onde morava antes de assumir o cargo em Brasília.

O secretário foi nomeado para a função no lugar do general Décio Brasil, que à época disse à Folha acreditar que havia sido exonerado por ter resistido a atender ao pedido de Bolsonaro de nomear o padrinho de Flávio para sua equipe.

"Talvez isso tenha desagradado o presidente, porque a minha exoneração já foi junto com a nomeação dele para o meu lugar", disse o general, dias após perder o cargo.

Marcelo Magalhães fez 98 viagens custeadas com verba pública, de acordo com o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens do Ministério da Economia. Desse total, 94 foram para o Rio. Das idas para a capital fluminense, 56 vezes — ou seja, mais da metade— coincidiram com finais de semana ou feriadões.

De acordo com os dados públicos, já foram gastos R$ 332 mil com as viagens de Magalhães, sendo R$ 56 mil só com diárias para a cidade onde ele tem residência fixa.

O levantamento não inclui possíveis voos que o secretário tenha feito com aviões da FAB. Os passageiros desses voos só são divulgados mediante um pedido de LAI (Lei de Acesso à Informação).

Além disso, é possível que o secretário tenha utilizado outro meio de transporte para viajar a trabalho a outros destinos. Caso alguma dessas alternativas tenha acontecido, porém, o evento não foi informado na agenda pública de Magalhães.

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