Política

Parlamentares criticam Bolsonaro por alto custo da gasolina e projeto que regula o ICMS

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
Último reajuste nos combustíveis foi alvo de indignação por parte dos parlamentares  |   Bnews - Divulgação Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 18/06/2022, às 16h36   Redação BNews


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Deputados estaduais que fazem parte do grupo de apoio ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticaram o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pelo novo reajuste no preço dos combustíveis, anunciado pela Petrobras na sexta-feira (17) e que entrou em vigor neste sábado (18).

Um dos que disparou contra o liberal foi o parlamentar Robinson Almeida (PT). Para ele, Bolsonaro, com o programa econômico do seu governo, deixou tudo caro no Brasil.

O petista lembrou ainda que é o mandatário que nomeia a direção da estatal e o chefe do Executivo federal, "cinicamente", sempre busca terceirizar a responsabilidade pelo descontrole econômico no Brasil, com a volta da inflação.

"Bolsonaro é o responsável por deixar a gasolina, o diesel, o gás de cozinha e tudo caro no Brasil. Ele já culpou os governadores, a pandemia, a guerra no leste europeu, a Petrobras, mas o único responsável é ele, que trouxe a carestia e os fantasmas da inflação e da fome para o Brasil com a agenda econômica do seu desgoverno", afirmou Almeida.

"Quem nomeou a direção da Petrobras foi ele. O governo é o maior acionista da empresa, tem poder de veto, de direção, de decisão", completou o parlamentar.

Quem adotou o mesmo tom nas críticas foi o também deputado estadual Zé Raimundo (PT) que, da mesma forma que o correligionário, é um dos vice-líderes do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

"O estouro da inflação, que já beira 13% ao ano e, principalmente, a elevação astronômica dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha revela o total descontrole do governo federal em relação a nossa economia", afirmou o petista, apontando que dentre os aspectos mais danosos da economia brasileira  estão a política de privatizações, o recuo do estado enquanto órgão regulador da economia, e a política de privatização da estatal.

"Por tudo isso, estamos vendo aí praticamente algo entorno de 70% do preço da gasolina, enquanto nos governos do PT, a Petrobras era uma ferramenta do desenvolvimento econômico nacional. É de lamentar como os combustíveis tem um impacto muito grande no preço dos produtos. Em geral, a inflação vai continaur subindo", acrescentou.

Engodo

Sobre o projeto que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, o petista chamou a matéria de engodo e acusou Bolsonaro de criar uma cortina de fumaça, retirar recursos da saúde, educação, segurança, e não atacar a raiz do problema.

"Bolsonaro, com apoio da turma do atraso, privatizou a refinaria baiana Landulpho Alves e está entregando, ao capital internacional, outras refinarias brasileiras. Com isso, e a mudança na política de preço, os combustíveis passaram a ser cotados em dólar e sofrem oscilação com a especulação internacional", criticou Robinson Almeida.

"Não vai resolver", decretou Zé Raimundo. "O problema está exatamente na indexação ao dólar e, principalmente, na falta e a perda do controle sobre a produção e do refino nacional. Estamos hoje exportando petróleo bruto e importando gasolina, óleo diesel e outros combustíveis. Não tem como o Brasil melhorar a sua participação na economia dos combustíveis se não retomar o papel da Petrobras de órgão regulador", apontou.

"Ele cria cortina de fumaça, como esse projeto que retira recursos da saúde e  educação dos estados e municípios, e não resolve o problema, tanto que os combustíveis já estão mais caros hoje", finalizou Almeida.

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