Política
Publicado em 22/03/2023, às 14h56 - Atualizado às 14h56 Cadastrado por Bernardo Rego
As investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MPSP) atestam que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) já tinham iniciado um plano para sequestrar e matar o ex-juiz e senador Sergio Moro (UB) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, integrante do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). A operação da PF, na manhã desta quarta-feira (22/3), recebeu o nome de Sequaz.
O grupo criminoso alugou imóveis na rua do senador e chegou a seguir a família do ex-juiz desde, pelo menos, janeiro. Em virtude do risco de atentado, Moro e seus familiares já estavam sob a escolta da Polícia Militar do Paraná. Ao menos nove pessoas foram presas.
Segundo o Metrópoles, foram cumpridos mandados em cinco estados: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Segundo as diligências da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e Paraná.
Por meio das redes sociais, Moro disse que o plano do PCC era matar toda a sua família.
Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e…
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 22, 2023
O PCC é uma facção comandada por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe do PCC foi trazido para a Penitenciária Federal de Brasília.
No chamado pacote anticrime, Moro propôs, dentre outras medidas, a vedação da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos, inclusive com os seus advogados, em presídios federais.
De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam feitos para conseguir dinheiro e realizar o resgate de Marcola, que no início deste ano foi trazido do Presídio Federal de Porto Velho (RO) para o de Brasília.
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