Política

Perícia da PF revela atitude de governador do DF diante das ameaça dos atos golpistas; confira

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ibaneis Rocha foi afastado por decisão do STF  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 10/02/2023, às 07h40   Cadastrado por Bernardo Rego


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Afastado após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) minimizou as ameaças de ataques em Brasília um dia antes dos atos de vandalismo que aconteceu no dia 8 de janeiro.


"Já estamos mobilizados. Não teremos problemas", disse Ibaneis para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). De acordo com Pacheco, a polícia do Senado estava apreensiva com a possibilidade de "mobilização em invasão ao Congresso”. A mensagem consta na perícia feita pela Polícia Federal (PF) no celular do governador afastado. O documento foi apresentado ao STF.


Em perícia feita no celular de Fernando Sousa, então secretário executivo da Segurança do Distrito Federal, há mensagens onde mostram que a Polícia Militar (PM) também não acreditava, inicialmente, em ameaças.


A perícia concluiu que Ibaneis não atuou a favor dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Contudo, as mensagens mostram que ele minimizou a dimensão da manifestação. “A investigação não revelou atos do governador Ibaneis em mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do Governo Federal ou mesmo de impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão”, diz a PF.


A análise feita pela PF mostra que Ibaneis recebeu uma ligação de Anderson Torres, então secretário de Segurança do DF, às 13h42 do dia anterior aos atos golpistas. Logo depois, Torres envia ao governador o contato de Fernando Sousa, então secretário executivo da pasta.


Minutos depois, o emedebista compartilha o número do secretário executivo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, junto com uma mensagem informando que Sousa já teria tomado as providências.
A PF ainda identificou, analisando ligações realizadas e recebidas por Ibaneis nos dias 7 e 8 de janeiro, que o governador foi responsável por diligências contra os atos golpistas.


“São inúmeras ligações de, e para, a vice-Governadora Celina Leão, o delegado Fernando Sousa, o Ministro da Defesa José Múcio, os Presidentes da Câmara e do Senado, Deputado Arthur Lira e o Senador Rodrigo Pacheco, o Ministro da Justiça Flávio Dino, dentre outros”, afirma outro trecho da perícia.


Os atos golpistas do dia 8 de janeiro culminaram em uma intervenção federal no Distrito Federal, que chegou ao fim no dia 31 daquele mês. Em seu relatório, o interventor Ricardo Cappelli diz que houve falha operacional dos comandantes das forças de segurança do Distrito Federal. As informações são do UOL. 

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