Política
Na reunião do conselho político durante a manhã deste sábado (2), não foi debatida a candidatura que será apoiada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em Camaçari. Foi o que garantiram o presidente estadual do PT, Éden Valadares, e o secretário estadual Luiz Caetano (PT), das Relações Institucionais.
Perguntando sobre a possibilidade de voltar a concorrer à prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano despistou. O secretário foi prefeito de Camaçari por três mandatos: o primeiro, entre 1986 e 1989, quando ainda era filiado ao MDB; e os outros dois entre 2005 e 2012, já pelo PT, conseguindo uma boa avaliação e elegendo seu sucessor, Ademar Delgado (então no PT).
“A gente não conversou sobre isso na reunião do conselho. Nós fizemos uma reunião geral, de todos os municípios da Bahia, criamos os critérios da participação na campanha eleitoral, na busca da unidade para avançar em cada município nas eleições”, contou Caetano.
Éden Valadares também negou que a disputa eleitoral em Camaçari — quarto maior município da Bahia, atrás apenas de Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista — tenha sido tema da reunião do conselho político, mas aproveitou para deixar claras as duas opções do PT para a cidade: Luiz Caetano e a sua esposa, a deputada federal Ivoneide Caetano (PT).
“Camaçari hoje não foi um tema específico. O povo de Camaçari tem uma saudade enorme do companheiro Caetano, mas temos a companheira Ivoneide. Nós estamos debatendo ainda no PT”, disse o presidente do PT-BA.
“Claro que a gente percebe isso [o apelo por Luiz Caetano] nas ruas, nas redes e nas esquinas de Camaçari, mas hoje não foi o ponto. Em Camaçari, a gente ainda está amadurecendo, a gente vai tomar essa decisão um pouquinho mais na frente. O importante lá é que Camaçari quer mudar”, complementou Éden.
CONTEXTO
Nas redes sociais e na imprensa, Caetano tem se comportado como pré-candidato. O secretário faz diversas críticas à atual gestão municipal e se porta como o líder do grupo oposicionista em Camaçari. Entretanto, mesmo pontuando bem nas pesquisas internas já contratadas pelo PT, ele ainda não sabe se será candidato.
A dúvida passa pela importância que Caetano possui na articulação política do governo Jerônimo. O secretário é, hoje, um dos braços-direitos do governador, ao lado do chefe de gabinete Adolpho Loyola (PT). Nos bastidores, o petista já deixou claro que, caso a gestão estadual precise dele, ele não irá à disputa municipal.
Nesse sentido, a segunda opção é a esposa de Caetano, a deputada federal Ivoneide, que também possui bom desempenho nas pesquisas eleitorais, apesar de demonstrar uma pontuação menor que o marido.
Camaçari é governada hoje pelo prefeito Antonio Elinaldo Araújo (União Brasil), que se aproxima de encerrar seu segundo mandato. Ele assumiu o comando da prefeitura em 2017, ao vencer Ademar, que rompeu com Caetano e acabou tendo uma gestão mal avaliada, não conseguindo a reeleição.
Elinaldo busca hoje escolher um sucessor. Despontam na briga o vice-prefeito José Tude (União Brasil), que governou a cidade entre 1997 e 2002; o superintendente de Trânsito e Transporte Público da cidade, Helder Almeida (União Brasil), que também já geriu o município, entre 2002 e 2004; e o vereador Flávio Matos (União Brasil), presidente da Câmara Municipal de Camaçari.
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