Política

PF aponta infiltrado no PSOL para colher informações sobre Marielle Franco

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Marielle Franco foi assassinada em 2018 à tiros  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Luana Neiva

por Luana Neiva

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Publicado em 24/03/2024, às 17h15


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Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que o miliciano Laerte Silva de Dilma se infiltru no PSOL, partido da vereadora Marielle Franco, para levantar informações sobre a atuação da parlamentar. Ele  teria se filiado 20 dias depois do segundo turno das eleições de 2016 e também seria o vínculo direto entre o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão.

As informações foram publicadas pelo O Globo e estão no documento em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu os mandados de prisão contra os três. O ministro tirou o sigilo dos documentos após as prisões.

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Os dois foram presos preventivamente, neste domingo (24), por suspeita de serem os mandantes da morte da vereadora. As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a delação premiada feita à PF e à Procuradoria-Geral da República por Ronniel Lessa, a primeira reunião com os irmãos Brazão aconteceu em torno de setembro de 2017, quando foi acertada a execução de Marielle.

Lessa afirmou que a motivação do crime teria sido a percepção de que a vereadora representava um obstáculo aos interesses dos irmãos, informação que teria sido fornecida por Laerte.

Na ocasião, teriam surgido as primeiras falas sobre a motivação do crime, que dão conta de que a vítima “teria sido posta como um obstáculo aos interesses dos irmãos Brazão”. De acordo com as investigações, essa percepção decorreria de informações repassadas por Laerte.

A PF aponta que Laerte foi preso no âmbito da operação Intocáveis com outros suspeitos de integrarem o grupo militar responsável pela exploração de serviços e afins na localidade de Rio das Pedras. Os três foram condenados por participaram de uma organização criminosa tida como uma das mais poderosas em atividade na Zona Oeste do Rio.

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