Política

PGR pede arquivamento de investigação contra líder do governo na Câmara

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Parecer diz que não há provas suficientes para abrir inquérito contra Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara  |   Bnews - Divulgação Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Publicado em 10/06/2022, às 18h27   Redação BNews


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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento da investigação preliminar aberta a partir do relatório final da CPI da Covid, contra líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), colocado no centro de suspeitas de advocacia administrativa.

O colegiado acusou o parlamentar de atuar junto ao governo federal para defender os interesses de empresas privadas durante a pandemia, inclusive para supostamente tentar direcionar contratos voltados ao enfrentamento da crise da covid-19.

De acordo com o Estadão, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (10), a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo afirmou que a Comissão não reuniu provas suficientes para subsidiar a abertura de um inquérito contra Barros ou a PGR denunciar o deputado.

Este é o primeiro parecer apresentado pela PGR desde que o órgão abriu dez frentes de apuração com base nas sugestões de indiciamento de autoridades aprovadas pela comissão parlamentar em outubro do ano passado. Entre os senadores que fizeram parte da CPI, há preocupação com o andamento das denúncias. O ritmo é considerado insuficiente.

“Não há, nos dados enviados pelo Legislativo, nenhum elemento indiciário de que Ricardo Barros tenha atuado em prol das empresas citadas”, escreveu Lindôra.

A ministra Rosa Weber, relatora do caso, ainda precisa confirmar o arquivamento. É de praxe, no entanto, que os ministros do STF aceitem o posicionamento da PGR, porque o órgão tem atribuição para decidir sobre a pertinência de investigações.

Em fevereiro, o procurador-geral Augusto Aras já havia pedido o arquivamento de outra investigação relacionada a revelações da CPI da Covid, mas que havia sido aberta antes mesmo da entrega do relatório final pelos senadores.

O PGR disse que não houve crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) por não ter alertado os órgãos de investigação sobre indícios de corrupção nas negociações para compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

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