Em carta de despedida do Detran, Bacelar não cita irmão e nem o PTN

Que as relações entre os irmãos Bacelar estavam cada vez mais estremecidas, todo mundo sabia. Mas o estopim para a guerra foi a saída de Maurício Bacelar do Detran-BA, a pedido de João Carlos. Apesar de ficar ainda um mês no órgão, Maurício deu adeus nesta terça-feira (16). E na carta de despedida, sequer, citou o irmão e o próprio partido, o PTN.

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Bacelar inicia dizendo que a vida pública é complexa e desperta reflexões. Agradeceu aos funcionários, ressaltou as ações realizadas e o que considerou como “transformadoras”. Não deixou de agradecer à imprensa e à sociedade. Disse que sentirá saudades das caravanas do Detran – uma das ações que Bacelar usava para impulsionar sua candidaura – e dos amigos que reencontrou. Ao final, não deixa de agradecer ao governador Rui Costa e só.

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Tudo começou com insatisfações dos correligionários. Para eles, Maurício Bacelar estava usando o órgão para fortalecer uma candidatura a deputado estadual em 2018. Eles reclamaram da postura do ex-presidente da legenda, que realizava ações do Detran no interior do estado e não convidada seus parlamentares para dividirem os holofotes. A pressão chegou ao secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, que tentou apagar o fogo. Chegou a segurar por um mês o diretor-geral, mas a situação ficou insustentável para o governador Rui Costa, que passou a caneta.

O primeiro nome ventilado para substitui-lo foi do ex-assessor do deputado federal João Carlos Bacelar e ex-subprefeito de Itapuã, Jackson Souza. Contudo, quem ficou mesmo com a vaga, também por indicação do deputado, é o auditor-fiscal Lúcio Gomes.

Com a mudança, o clima tende a ficar mais ameno dentro do PTN. Porém, deputados estaduais continuam insatisfeitos com a condução de João Carlos e Alex Lima e Alan Castro devem deixar a legenda nos próximos dias, quando aproveitam a janela partidária para não perderem o mandato na Assembleia Legislativa da Bahia.

Atualizada às 19h30.

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