Polícia

"Combate ao crime no Brasil só será efetivo quando houver liderança nacional", diz Rui Costa

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Rui destacou o investimento feito pelo seu governo na área nestes últimos anos  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 24/08/2021, às 12h12   Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez


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Governador de um dos estados com piores indicadores de violência, o governador Rui Costa (PT) acredita que o "combate ao crime organizado" no país só será efetivo quando surgir uma "liderança nacional". 

A segurança pública é uma pauta constante do bolsonarismo e da agenda do presidente Jair Bolsonaro. Na manhã desta terça-feira (24), o ministro da Cidadania, João Roma, criticou a gestão do petista e apontou falta de "comando" para enfrentar a criminalidade. Segundo Roma, que pode sair como candidato de Bolsonaro ao governo da Bahia em 2022, disse que faria "tudo diferente do petista".

Em coletiva de imprensa durante a formação de sargentos da Polícia Militar nesta manhã, que também teve a cerimônia de entrega das 26 bases móveis para a corporação, Rui destacou o investimento feito pelo seu governo na área nestes últimos anos.

O governador parabenizou as polícias Civil e Militar pelas apreensões de drogas e armas nos últimos tempos, mas lamentou que o tráfico de drogas e o consumo tenha aumentado na mesma proporção. 

Ao longo do tempo, observa o petista, o crime no Brasil foi se profissionalizando e expandindo para além das fronteiras. O que antes se concentrava nas disputas pelas bocas de fumo dentro dos bairros nas periferias das cidades, agora se transformou em um violento e complexo sistema que opera muitas vezes com a ajuda de "organizações de caráter internacional".

"São 10 mil contratações de policias em um governo, nunca aconteceu isso na história, este volume de investimetno, de infraestrutura [...] os policiais me contam que, muitas vezes, no passado, tinham que empurrar a viatura com arma na mão, equipamento sucateado, hoje temos equipamentos modernos, mas infelizmente o crime também evoluiu"

"Naquela época tínhamos gangues de bairro, que brigavam contra outro bairro, mas não eram organizações criminosas nacionalmente ou internacionalmente. Hoje são organizações de caráter internacional, que movimentam bilhões de dólares e, infelizmente, com poder de fogo grande, de poder de corrupção grande de instituições e pessoas", relatou.

Para além do investimento na repressão, também é necessário que o Brasil discuta o aumento no consumo, que se configura na alta demanda e no "volume de drogas transacionadas no Brasil".

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