Os movimentos populares afirmaram, em manifesto, na manhã desta segunda-feira (5), que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e a Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo (Louos) é "racista" e "higienista".
Para os líderes dos movimentos, o modelo de planejamento urbano da Prefeitura de Salvador não representa a população negra. Ainda de acordo com eles, a minuta de Revisão do PDDU privilegia investimentos de interesse do mercado imobiliário, "priorizando a agenda empresarial corporativa, dissociada de interesse coletivo".
"Com conteúdo genérico, superficial, (...) o PDDU proposto não cumpre o que está previsto no Estatuto da Cidadania e legítima, mais uma vez, intervenções gentrificadoras nos territórios de ocupação e resistência da população negra, favorecendo, como sempre, a urbanização segregadora, higienizadora e a subordinação do poder público aos interesses privados", atacou os movimentos populares, em manifesto.
Representantes da prefeitura fizeram a leitura do manifesto na audiência, que não tem a presença do secretário de Urbanismo do município, Sílvio Pinheiro, que está viajando.
