Política

Na emenda: prefeitura conta com dois opositores para projeto das desafetações

Publicado em 11/07/2017, às 19h06   Victor Pinto


FacebookTwitterWhatsApp

Apesar da liberação da bancada opositora para votar as emendas do projeto das desafetações dos terrenos da prefeitura de Salvador, pelo menos dois edis da oposição, como Toinho Carolino (Podemos) e Hélio Ferreira (PCdoB) deverão votar favoráveis a matéria encaminhada pelo prefeito ACM Neto (DEM) à Câmara de Salvador desde abril deste ano, conforme fonte do Palácio Thomé de Souza em conversa com o BNews.

Outra informação vinda do bloco governista aponta que este número pode ser maior. 

A tática é uma velha conhecida do Podemos, cuja articulação para votação favorável do projeto da desafetação acontece desde o início de maio, conforme adiantado.

Caso isso ocorra, a sigla, antigo PTN, deixa a marca de constantemente ter uma posição de dois pesos e duas medidas, pois se mantém na oposição soteropolitana, na seara do governo Rui Costa (PT), e tem aprovado projetos estratégicos e polêmicos de ACM Neto (DEM).

Uma emenda é apresentada ao projeto original e sob essa justificativa o inteiro teor do PL recebe o voto favorável, o que destoa da posição da bancada.

Contudo, a articulação pode não surtir efeitos, pois as emendas apresentadas pelos edis que incluem novos terrenos no projeto, podem ser cortadas pelo Executivo, visto que um dos pontos do TAC assinado entre prefeitura e Ministério Público trata disso

Não é a primeira vez que isso acontece. No projeto das desafetações de 2014, dois edis opositores votaram favoráveis à matéria: Moisés Rocha (PT) e Suíca (PT). Neste ano, ambos deixaram claro serem contrários a matéria. 

Por se tratar de um texto da área fiscal, o bloco da prefeitura precisa de, no mínimo, 29 votos. Além dos votos de opositores, precisa domar os insatisfeitos dentro do seu próprio ninho. 

A apreciação da matéria no Plenário Cosme de Farias ocorre nesta quarta-feira (12).

Desde sexta-feira (7) a oposição ingressou no Tribunal de Justiça com um mandado de segurança que visa impedir a votação. Entre os detaques, argumenta a falta de justificativa e estudo técnico que garatam a tramitação da matéria. 

Matérias relacionadas:

Suíca e Moisés Rocha defendem que oposição vote coesa contra desafetação

Projeto das desafetações é o calo da prefeitura na Câmara de Salvador

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp