Política

Operação Cartão Vermelho dificulta plano B do PT para substituir Lula

Roberto Viana/BNews
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Publicado em 27/02/2018, às 06h35   Redação BNews


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O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, era cogitado até esta segunda-feira (26) para ser o plano B no PT para substituir Lula na corrida pelo Palácio do Planalto em eventual impedimento do ex-presidente, que foi condenado em segunda instância na Lava Jato.

No entanto, a operação Cartão Vermelho deflagrada pela Polícia Federal contra o petista por suposto recebimento de R$ 82 milhões em propina e caixa 2 oriundos do contrato da Arena Fonte Nova imprimiu mais dificuldades ao PT na escolha do possível substituto de Lula.

De acordo com publicação do jornal O Estado de S. Paulo, Wagner, apesar de ser um nome forte do PT no Nordeste, passou a ser considerado carta fora do baralho dentro do partido.

O ex-governador já havia externado algumas vezes o desejo de concorrer a uma vaga no Senado, dispensando, assim, o papel de plano B do PT.

Diante do revés, diz o diário paulista, a cúpula do PT ainda não sabe que caminho trilhar. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tem articulado um movimento para construir a unidade da centro-esquerda na eleição e para isso se aproximou recentemente com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. A estratégia pode resultar em uma aliança em que o PT não tenha candidato próprio.

“Wagner era mesmo um nome pronto para substituir Lula”. A afirmação é do historiador Lincoln Secco, professor da Universidade de São Paulo (USP). Para ele, a ação contra Wagner não enfraquece o PT no Nordeste, já que o atual governador da Bahia, Rui Costa, sucessor de Wagner, é quem comanda a máquina estadual e Lula tem capital político próprio na região.

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