Neto diz que Salvador voltará a discutir limitação do Uber: "Não serei mais o prefeito"

O prefeito ACM Neto (DEM) voltou a defender a limitação do número de motoristas por aplicativos que atuam em Salvador. O gestor, no entanto, entende que o debate acontecerá quando ele já não estiver mais no comando do Palácio Thomé de Souza.

"A gente tem que viver cada momento. Sou prefeito até o fim do próximo ano. Manifestei a minha posição pela limitação, pelo controle. A Câmara decidiu não fazer e eu tenho que respeitar a decisão soberana do legislativo", declarou ao BNews, na manhã desta sexta-feira (4), horas após sancionar a regulamentação na cidade. 

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Segundo Neto, o sistema de transporte privado de passageiros pode inchar e tornar-se insustentável - a exemplo do que aconteceu em Nova York. No ano passado, a prefeitura encaminhou aos vereadores uma proposta para que o  número de trabalhadores das empresas fosse igual ao de taxistas atuando na cidade.

"Não tenho dúvida que a discussão será reaberta em algum tempo adiante. Muito provavavelmente eu não serei mais o prefeito. Até o fim do meu mandato não trato mais desse assunto. Você pode ver que uma cidade como Nova York, uma das maiores cidades do planeta, não limitaram e depois tiveram que limitar. A vida é dinâmica. Estaremos vivos para ver a discussão ser reaberta. Mas, no meu governo, não será mais", avalia.

Procurado pelo BNews, o secretário de Mobilidade, Fábio Mota, declarou que ainda não é possível saber quando o sistema se tornaria insustentável. "Inchado já está. Vamos saber agora o número oficial de motoristas, com a nova lei, para depois fazer esse cálculo", declarou.