Política

José Serra é denunciado por lavagem de dinheiro e vira alvo da Lava Jato

Cris Castelo Branco/Governo do Estado de SP
Policiais estão cumprindo mandados em São Paulo e no Rio de Janeiro  |   Bnews - Divulgação Cris Castelo Branco/Governo do Estado de SP

Publicado em 03/07/2020, às 07h15   Redação Bnews


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O senador José Serra e a filha, Verônica Allende Serra, foram denunciados por corrupção na Operação Lava Jato. Na manhã desta sexta-feira (3), a Polícia Federal esteve em endereços em São Paulo e no Rio de Janeiro para cumprir oito madados de busca e apreensão.

O ex-governador foi denunciado por lavagem de dinheiro, acusado de ter recebido pagamentos da Odebrecht pelas obras do Rodoanel. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a Operação Revoada apura o funcionamento de um esquema de lavagem de dinheiro no exterior, em favor de agentes políticos. 

Relatório do órgão aponta para a existência de uma conta no Panamá, que seria administrada por Verônica Serra, aberta na offshore Dortmund International Inc. Segundo informações do O Antagonista, diversas transferências foram feitas para essa conta entre 2006 e 2007.

Denúncia

De acordo com a denúncia, entre 2006 e 2007, Serra utilizou o cargo de governador e influência política para receber da empreiteira baiana pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul. Foram pagos milhões por meio de offshores - nome dado às contas bancárias abertas em territórios com menor tributação. 

As investigações mostram que o empresário José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra criaram empresas no exterior mas ocultaram seus nomes. Assim, os dois receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou a Serra. Durante esse período, foram realizadas transferências para ocultar a origem do dinheiro. O MPF conseguiu o bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em uma conta na Suíça. As investigações seguem em sigilo. 

Segundo informações da CNN Brasil, a primeira viatura deixou a sede da PF em São Paulo, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista, por volta das 5h40. Os nomes dos alvos ainda não foram divulgados. No Rio de Janeiro, policiais estão no bairro do Leblon, zona sul da capital fluminense.

RETALIAÇÃO À PGR

Lideranças do PSDB creêm em uma possível retaliação da Lava Jato à procuradoria-geral da República. Em 2018, a procuradora Raquel Dodge pediu que um inquérito semelhante ao de agora, fosse arquivado, o que foi feito pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

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