0 Ministro das Cidades, Mário Negromonte, participou de um almoço com membros do Partido Progressista (PP), na tarde desta terça-feira (10), num restaurante de Salvador.
Em 2011, Negromonte teve a pasta marcada por acusações e ficou na lista de possíveis nomes a serem substituídos na reforma ministerial da presidente Dilma. Mas, com outros escândalos e outras crises, o assunto Cidades foi se dissipando e nada ficou provado contra Mário Negromonte. Este, permanece no cargo.
Com exclusividade, Negromonte conversou com a equipe do Bocão News e não hesitou em contestar as acusações e denúncias que permearam a pasta liderada por ele. "Nunca fui acionado por ninguém. Nem Ministério Público, Polícia Federal ou Controladoria Geral da União (CGU). Não houve uma prova contra mim e nada que fosse consistente", afirmou o ministro.
Ainda ressaltando a crise, o Bocão News questionou Negromonte sobre a relação com o partido no planalto e com a presidente Dilma. "A presidente nunca me chamou ou falou sobre substituição. Confirmo sim que agora está tudo bem. A crise é passado. Houve uma ruptura no meio do ano passado, mas hoje a bancada está unida. Incluive, reconduzimos ao cargo o líder, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)", disse.
Na semana passada, Mário Negromonte (PP) respondeu às provocações de um assessor do chefe da pasta da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB), afirmando que o auxiliar deveria se preocupar com as obras da Transposição do Rio São Francisco.
Um assessor de Bezerra tentou tirar o chefe do olho de furacão apontado o ministro para o ministro Negromonte. Segundo ele, a verba da pasta é “dinheiro de troco” comparado ao orçamento bilionário que está parado nas mãos, do também pernambucano, mas que está lá como representante da Bahia, Mário Negromonte (PP), nas Cidades.
Em conversa com a reportagem do Bocão News,minimizou as declarações. O ministro explicou que as pastas Integração e Cidades – cumprem papeis totalmente distintos na administração federal. “Nossas obras não são emergenciais, são estruturantes e demandadas pelos entes federados – governos municipais, estaduais e federal – obras de contenção de encosta e drenagem, por exemplo”.
Questionado sobre a possibilidade de a ação ser motivada pela rixa entre os estados nordestinos, o ministro admitiu a possibilidade da vinculação. “Certamente, porque o ex-ministro é Geddel Vieira Lima (PMDB).
Deixando o vendaval da pasta de lado e voltando-se para as eleições municipais deste ano, Negromonte reafirmou o apoio aos candidatos da legenda por todo interior da Bahia e confirmou: "Meu apoio é para o
chefe da Casa Civil, João Leão. Ele é nosso pré-candidato". Com relação a uma possível aliança entre o PP e o PT, o ministro não recuou. "O PT é nosso aliado, mas vamos lançar um candidato nosso e vamos buscar esta vitória", concluiu.
Foto: Gilberto Junior//Bocão News
Matéria publicada e produzida dia 10 às 15h
