Política

Rui Costa minimiza e diz que exonerações de cargos do PL no governo são feitas "sem direcionamento"

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Foram sete exonerações na última quinta-feira, “a pedido”, só na secretaria de Turismo nas áreas de superintendência e diretorias  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 19/10/2020, às 16h06   Victor Pinto e Pedro Vilas Boas


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O governador do estado, Rui Costa (PT), minimizou as exonerações feitas na Secretaria estadual de Turismo (Setur), que tiveram início no último dia 15, de cargos ligados ao PL, partido que decidiu apoiar o nome de Bruno Reis (DEM) para a prefeitura de Salvador, candidato indicado pelo seu opositor ACM Neto (DEM).

"As mudanças serão feitas sem nenhum direcionamento, a cada semana nós fazemos avaliações permanentes e trocas em várias secretarias e, todo mês, toda semana temos mudanças na secretaria", disse, após ser questionado pelo BNews durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19).

Foram sete exonerações na última quinta-feira, “a pedido”, só na secretaria de Turismo nas áreas de superintendência e diretorias. O desenho começa a formar um cenário não obstante para a queda do secretário Fausto Franco, favas contadas desde a saída do PL da base de Rui. Apesar de Franco não ser um sangue puro da sigla, está na cadeira que, em tese, pertence ao núcleo partidário e essa fatura será cobrada - se já não foi - por outros aliados. 

"Cargo comissionado é cargo de confiança do governador e nós vamos avaliando a cada semana, cada mês, o desempenho das pessoas, eventualmente, ou por pedido das pessoas ou por solicitação nossa, fazendo as modificações", completou o governador.

O próximo da fila a perder cargos, de acordo com apuração do BNews, é o PDT, contudo, esse assunto só será tratado no pós eleições. O partido também decidiu apoiar Bruno Reis.

O fogo amigo que corre contra o PL parte dos outros partidos que pretendem abocanhar as vagas. Há quem diga que o PT tem demonstrado vontade em retomar o comando do Turismo, que já foi chefiado, em outros tempos, por Nelson Pelegrino. De outro lado está do PSB de Lídice da Mata, que na Era Jaques Wagner comandou a pasta. O Podemos, no entanto, que tem brigado por mais espaço, está de olho na secretaria da Agricultura, esta no ninho pedetista. 

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