Política

Acusado de assédio sexual, Almiro Sena é afastado das atividades da promotoria

Imagem Acusado de assédio sexual, Almiro Sena é afastado das atividades da promotoria
Ex-secretário ficará afastado até o julgamento final, do qual pode perder o direito de exercer a profissão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/11/2014, às 08h19   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)


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Após seis meses do escândalo que envolve o ex-secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH), o promotor Almiro Sena, o Conselho de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia decidiu, na tarde desta terça-feira (4), por afastar o acusado das atividades da promotoria. Conforme resultado do julgamento que ocorreu na sede da Corregedoria do MP, no CAB, Almiro Sena fica sem poder exercer a atividade de promotor até o julgamento final, cujo resultado pode afastá-lo de vez do exercício da profissão.

A defesa de Almiro foi feita por seus advogados, entretanto não houve sustentação e o Conselho, liderado pelo procurador de Justiça Franklin Ourives da Silva, decidiu pelo afastamento do ex-secretário até o julgamento final.

A sessão aconteceu a portas fechadas e foi sigilosa. Na oportunidade, foram avaliadas as denúncias de assédio moral e sexual levantadas contra Almiro Sena. No documento, as supostas vítimas relatam que "lamentavelmente formulamos a seguinte denúncia, contra todos os acontecimentos ocorridos nos últimos tempos na Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia, um dos últimos locais onde imagina os acontecimentos narrados nos relatos em anexo" (veja abaixo a denúncia).


Ainda no documento, as denunciantes pedem socorro para que os acontecimentos descritos não caiam no esquecimento. "Assim como se fala por aí que já existem outras denúncias e que o secretário de Justiça e Promotor, Almiro Sena, usou de sua "influência" para arquivar tais processos.

Em maio, o promotor Almiro Sena foi notifcado pelo Ministério Público da Bahia (MP) para responder sobre as acusações de abuso moral e sexual contra servidoras que trabalharam com ele. 

A reportagem do Bocão News teve acesso ao depoimento das servidoras, bem como, ao documento que continha a denúncia contra o secretário de Justiça e Direitos Humanos. O documento, que contém cinco páginas, traz relatos em 1ª pessoa, bem como, a transcrição do que a denunciante contou. 
No depoimento, uma das supostas vítimas relata a forma como Almiro teria praticado o assédio sexual e moral. "...,sendo chamada diversas vezes em seu gabinete, onde foi constrangida pelo então secretário da pasta em seu gabinete... lá este abraçava, abordava assuntos e atitudes íntimas de maneira continuada, aproveitando o gesto para encostar na perna da servidora seu órgão sexual, além de tentar beijá-la à força".
Publicada no dia 4 de novembro de 2014, às 18h24

Classificação Indicativa: Livre

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