Votação do plano de carreira de professores é adiada novamente
Sem quórum, vereadores discutem matéria para próxima semana |
Publicado em 11/11/2014, às 06h06 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)
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Os nove vetos do prefeito ACM Neto (DEM) ainda sobrestam a pauta de votação do Plano de Carreira e Vencimentos dos servidores Públicos de Salvador e os edis ainda não chegaram a um acordo para discutirem o plano que também contempla os professores municipais. Por falta de quórum nesta segunda-feira (10), a sessão foi adiada.
Os líderes do governo e oposição, Joceval Rodrigues (PPS) e Gilmar Santiago (PT), se reúnem nesta tarde com o presidente da Casa Legislativa, Paulo Câmara (PSDB). Os pares decidem por uma pauta de votação. “Essa reunião é para conseguirmos contemplar, principalmente os professores. Mas existem os nove vetos que impedem a votação. Vamos tentar fechar isso hoje”, afirma o petista.
A pressão dos professores pode ser o ponto crucial para viabilizar a votação. De acordo com a presidente do sindicato APLB, Marilene Betros, a matéria enviada pela prefeitura contempla a categoria, não tendo mais motivos para a discussão de emendas dos vereadores. “O plano de carreira foi um projeto discutido democraticamente e amplamente pela APLB. Fizemos reuniões, assembleias e encaminhamos ao prefeito. Só houve uma formatação jurídica, mas não há problemas”, reforça.
Entretanto, o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) ainda quer mais discussão. Para ele, há itens que interpreta ser prejuízo aos docentes, tais como bonificação de 3% sobre o salário com aumento de mais 3% a cada dois anos de serviço. Com a nova proposta, o percentual cairá para 2,5%. E a gratificação de 10% também em cima do salário para professores que trabalham em escolas de bairros de periferia. Segundo ele, a nova proposta da prefeitura retira o benefício. Porém, Marilene Betros garante que os professores sempre receberam 2,5% de bonificação e a gratificação dos professores da periferia nunca foi retirada do projeto.
Carreira dos servidores
O plano encaminhado para votação garante progressão salarial na carreira por incentivos que contemplem titulação, experiência e desempenho na função. Ainda garante uma jornada de trabalho de no mínimo um terço da jornada destinada às atividades de preparação de aula, avaliação da produção dos alunos, reuniões escolares, contatos com a comunidade e, no máximo dois terços da jornada de interação com o estudante.
A presidente da APLB, Marilene Betros, ainda fez uma apelo para que a matéria seja aprovada o quanto antes. “Precisamos logo que entre em vigor para começarmos a nos organizar para o ano que vem, com nossa programação e jornada de trabalho em dias”, disse.
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