O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou nesta sexta-feira (24) que não vai atender a recomendação do governo Bolsonaro, anunciada pelo Ministério da Saúde, para que a vacinação contra a Covid-19 em crianças
seja condicionada a uma prescrição médica - além da autorização dos pais ou responsáveis.
O gestor usou o Twitter para avisar que não irá acatar a determinação e evocou o Estatuto da Criança e do Adolescente, replicando um trecho do artigo 14 que fala sobre a obrigatoriedade da vacinação em crianças nos "caso recomendados pelas autoridades".
"O melhor presente de Natal que o Rio poderia ter: o menos nível de internados por Covid desde o início da pandemia", celebrou o prefeito.
O governo Bolsonaro adiou a decisão final sobre a permissão para imunização de crianças. Entre tantas declarações públicas, Queiroga disse que
a "pressa é inimiga da perfeição" e que a taxa de mortalidade infantil pela doença estava em um "patamar" aceitável.
A alternativa encontrada pelo governo então foi submeter a decisão
a uma consulta pública, o que gerou a revolta de autoridades sanitárias e políticos, em especial pelo aval já ter sido dado pela Anvisa após análise técnica.