Prefeitura de Salvador se pronuncia sobre nova variante da Covid-19 após alerta de cientistas

A secretária de Saúde de Salvador e vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) se pronunciou ao BNews sobre a nova variante Ômicron da Covid-19, que está causando apreensão ao redor do mundo. Com alto poder de contaminação, a cepa mobiliza cientistas a voltar a recomendar o uso de máscaras.

"Acompanhamos as notas e orientações técnicas com o Ministério da Saúde, Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e CIB (Comissão Intergestores Bipartite). Até o momento, ainda não temos orientações nesse sentido [do uso das máscaras]", declarou Ana Paula para a reportagem.

Polêmica

Marido de MC Carol não paga pensões de nenhum dos seis filhos, afirma colunista

Com aumento de mais de 150% na tarifa de ferry boat, Agerba vira alvo de vereadores da base e da oposição

"A variante não chegou ao Brasil, e ainda não há o desenho do comportamento epidemiológico. A própria OMS ainda não fez recomendações ao Brasil neste sentido de voltar a usar máscara. Ressalto a importância da vacinação e de todos completarem o ciclo vacinal", emendou a gestora.

Em nota, também ao BNews, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador declarou que acompanha a evolução da pandemia e que compartilha as informações com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "verificando e realizando medidas de prevenção e controle, não medindo esforços para a disponibilizar a vacina contra COVID-19 para a população."

"O vírus SARS CoV-2 causador da COVID-19 apresenta mutações, assim como todos os vírus, sendo algumas capazes de ultrapassar a barreira imunológica e provocar novas ondas da doença. Assim foi com a variante de preocupação (VOC) ômicron que, felizmente, começou a circular quando boa parte da população já se encontrava protegida contra a doença devido à vacina. Dessa forma, obtivemos um cenário de redução dos casos graves da doença e dos óbitos", ressalta a pasta.

A Secretaria lembra ainda que, recentemente, "a identificação de novas variantes do vírus SARS CoV-2, variante BA.4.6 e variante Eg.5 (Éris), descendentes da Ômicron, têm mutações adicionais na proteína spike e, como já é conhecido, essa proteína spike é o que ajuda o vírus a entrar nas células humanas".

"A variante EG.5 foi identificada pela primeira vez no mês de fevereiro, na Ásia. Desde então, tem se espalhado de forma gradual pelo mundo, especialmente nos Estados Unidos e, por isso, mudou seu status para variante de interesse (VOI).  Já a variante BA.4.6 ainda não é considerada como uma variante de preocupação pela OMS, embora alguns cientistas estejam apontando que essa nova variante, identificada na Dinamarca e em Israel, possa apresentar indicadores de risco para uma nova onda da COVID-19", explica a pasta.

A Prefeitura de Salvador ainda defende que é prudente manter o esquema vacinal do coronavírus e que, até o momento, "apenas 27% do público alvo inicial do reforço com a vacina bivalente foi imunizado e cerca de 239 mil pessoas de 12 anos ou mais, desde a liberação para a população geral, foram imunizadas".

Na quarta-feira (16), também ao BNews, o Governo da Bahia também afirmou que monitora a nova cepa da Covid. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informa que "realiza regularmente sequenciamento genético de amostras a fim de avaliar as variantes que circulam em nosso estado". "Até o momento, não foi detectada a variante de interesse, no alerta emitido pela OMS", ressaltou, respondendo ao questionamento da reportagem.