Política

Presidente em exercício do Senado diz que Renan Calheiros não deve participar da CPI da Braskem

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Renan Calheiros presidiu empresa antecessora da Braskem e seu filho foi governador de Alagoas nos últimos anos  |   Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 05/12/2023, às 09h39   Cadastrado por Daniel Brito


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O presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), afirmou na segunda-feira (4) que o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem apresenta "vícios" por ser de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Em sua avaliação, a comissão deve ser instalada sem a presença do político. "A CPI pode e deve ir para frente sem a figura que vicia e contamina todo o processo investigatório. A figura entre o investigado e o investigador se confunde nesse meio da propositura da CPI e dos reais objetivos", disse a jornalistas.

Conforme o senador, dentre os "vícios", estão o fato de Renan Calheiros ter presido, de 1993 e 1994, a empresa Salgema, nome anterior de uma das empresas que originaram a Braskem. Outro ponto mencionado é que o filho do senador, Renan Filho, atual ministro dos Transportes, governou Alagoas nos últimos anos.

“Durante todo esse período houve uma licença ambiental sendo renovada constantemente pelo Estado de Alagoas e o governador do Estado, à época, era Renan Filho, que é senador, hoje ministro dos Transportes, e filho do Renan Calheiros, que é propositor desta ação", adicionou.

Calheiros fez um apelo para que a Braskem libere todos os documentos relacionados à exploração de minérios em Alagoas. Renan Filho também defende ua instalação da CPI no Senado. O pedido de abertura foi lido no dia 24 de outubro, mas os líderes partidários ainda não indicaram os integrantes.

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