PSOL quer cassação de Eduardo Bolsonaro após deputado debochar de tortura

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) anunciou nesta segunda-feira (4) que vai entrar, junto com a bancada do seu partido, com um pedido de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara.

Neste domingo (3), o parlamentar filho "03" do presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) debochou da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar. Ele republicou uma postagem na qual Miriam sustentava que Bolsonaro representa um risco à democracia.

Na legenda, Eduardo escreveu: "ainda com pena da cobra", em uma alusão a uma das torturas sofridas pela jornalista no período de repressão. Mirian Leitão já relatou que, presa pela ditadura, foi obrigada a ficar nua em frente a soldados e agentes de repressão e passar horas trancada em uma sala com uma jiboia. Na época, ela estava grávida de um mês. Ela também recebeu tapas, chutes e golpes que feriram sua cabeça.

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Ivan Valente classificou o ataque de Eduardo Bolsonaro como "inadmissível". "Eu e a bancada do PSOL na Câmara entraremos com pedido de Cassação de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética. É inadmissível a agressão à jornalista Miriam Leitão, a apologia à tortura e à violência contra mulher. Basta de impunidade", afirmou nas redes sociais.

Eu e a bancada do PSOL na Câmara entraremos com pedido de Cassação de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética. É inadmissível a agressão à jornalista Miriam Leitão, a apologia à tortura e à violência contra mulher. Basta de impunidade.

— Ivan Valente (@IvanValente) April 4, 2022

"Imunidade parlamentar não inclui defesa de crime hediondo como tortura. Eduardo Bolsonaro tem que perder o mandato", defendeu o deputado do PSOL, em outro post.

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