Política

Registro falso da vacinação de Bolsonaro aconteceu às vésperas da viagem aos EUA

Alan Santos/PR/Divulgação
Bolsonaro viajou para os EUA perto do fim do mandado  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR/Divulgação

Publicado em 03/05/2023, às 14h13   Cadastrado por Bernardo Rego


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O cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi adulterado com o auxílio de aliados às vésperas do término do seu mandato em 2022, e tinha como objetivo autorizar a entrada do ex-chefe do Executivo nos Estados Unidos sem empecilhos. As informações são do jornal O Globo.


Segundo uma investigação da Polícia Federal, através da operação Venire, realizada nesta quarta-feira (3), no âmbito do inquérito das milícias digitais do Supremo Tribunal Federal (STF), apurou que o registro falso de vacinação de Bolsonaro e da filha, Laura, foi incluído no sistema eletrônico do SUS no dia 21 de dezembro de 2022, pouco mais de uma semana antes do fim do seu mandato.


Os dados foram apagados seis dias depois, no dia 27, três dias antes de Bolsonaro, sua esposa, Michelle, e Laura decolarem de Brasília rumo à Flórida no avião presidencial. Entre os assessores que o acompanhavam estava Mauro Cid, preso nesta quarta.


De acordo com uma pesquisa realizada pelo cientista Marcelo Oliveira, o registro falso de vacinação incluído no SUS simulou a aplicação de doses do imunizante da Pfizer contra a Covid-19 nos dias 13 de agosto e 14 de outubro em 2022, com um intervalo de dois meses. A linha de código referente à exclusão das duas informações exibia a mensagem “entered-in-error”.


Os responsáveis pela falsificação dos registros de vacinação de Bolsonaro, Laura, Mauro Cid e sua mulher, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, incluiu os dados falsos no sistema do SUS a partir da prefeitura de Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio. No entanto, como o lote de vacinas informado tinha sido enviado para Goiás e não para o Rio de Janeiro, o sistema rejeitou as informações. Oliveira também observou que Bolsonaro cumpriu agendas nas datas atribuídas às falsas vacinas no Rio de Janeiro, uma delas em Duque de Caxias, onde a fraude teria acontecido.

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