Política
Publicado em 16/03/2024, às 13h15 Redação
Um relatório sobre supostas fraudes jamais provadas nas urnas eletrônicas durante as eleições de 2022 selou o divórcio entre o general Freire Gomes e o brigadeiro Baptista Junior, comandantes do Exército e da Aeronáutica, e o almirante Garnier, comandante da Marinha. O relatório indicava que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi prejudicado, mas Freire Gomes e Batista Junior afirmaram não haver embasamento técnico no relatório.
Segundo reportagem do UOL, a situação marcou o início do afastamento dos chefes militares em relação aos apoiadores do golpe, conforme depoimentos prestados à Polícia Federal. O documento foi apresentado aos militares em reunião com Bolsonaro, no Palácio do Alvorada, em 14 de novembro de 2022.
Em depoimento à Polícia Federal, Baptista Junior afirma que "o documento estava mal redigido e com vários erros" e que avisou a Bolsonaro que o estudo "não tinha embasamento técnico".
Relatório foi produzido pelo IVL (Instituto Voto Legal). O instituto recebeu R$ 1 milhão do PL para "fiscalizar o andamento das eleições". No texto, o IVL indicava que, no primeiro turno, Bolsonaro tinha mais votos nas urnas mais novas e menos nas mais antigas — mas não apontava qualquer irregularidade.
Documento criou esperanças de reversão do resultado de eleições. O brigadeiro e o general dizem que, a partir do surgimento do texto, o presidente passou a discutir estado de sítio e outras medidas para solucionar uma "crise" — enquanto ambos sinalizavam que Exército e Aeronáutica não apoiariam algo do tipo.
Três dias antes da reunião em que foram apresentados ao relatório, chefes militares divulgaram nota conjunta. Segundo Freire Gomes, o texto pretendia "passar mensagem de pacificação" e dizer que o foro adequado para debate político era o Congresso. À época, bolsonaristas acampavam em frente a quartéis.
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