Retorno da CPMI das Fake News é tida como carta fora do baralho no Congresso

A CPMI das Fake News não deve ser reativada. Esse é o clima de alguns congressistas ouvidos pelo BNews ao longo do fim de semana. A comissão, que movimentou os corredores do Senado e da Câmara Federal e, principalmente, do Planalto, teve seu trabalho interrompido por causa da pandemia do novo coronavírus desde 2020.

Apesar do presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD), ter conseguido congelar o curso dos dias da comissão para garantir uma sobrevida em meio a articulações regimentais, a sua reinstalação esbarra na dificuldade e na boa vontade dos demais membros de colocá-la em prática.

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Dificulta a vida do senador baiano e da relatora, a deputada federal baiana Lídice da Mata (PSB), o fato de ser um ano eleitoral, onde muitos congressistas estão preocupados com a formatação das federações, das janelas partidárias, e o jogo da sucessão da presidência da República, além dos tabuleiros em seus Estados.

Somado a esse ano eleitoral, há também uma articulação palaciana para minar qualquer tentativa de reativação.

Em janeiro deste ano, tanto Coronel quanto Lídice chegaram a apontar uma eventual volta dos trabalhos até na semana do carnaval, fato não mobilizado. Ambos pensaram em mudar o curso das investigações e focar em ação de grupos que tentam influenciar no resultado de eleições e o avanço de propostas para enfrentamento da desinformação.

O assunto chegou a ser tratado pelo político no ano passado, durante uma entrevista concedida ao BNews em Brasília.

Também foi pensada no retorno parcerias com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério Público Federal (MPF), junto também com a Polícia Federal (PF).

Além dos dois políticos, da Bahia, também integram a composição o deputado federal Arthur Maia (UB) como titular e Otto Alencar (PSD) como suplente.

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