Política

Retrospectiva 2023: Veja os principais fatos que marcaram a política na Bahia e no Brasil

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Bnews - Divulgação Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

[email protected]

Publicado em 26/12/2023, às 06h00


FacebookTwitterWhatsApp

O ano de 2023 está chegando ao fim. Há quem tenha gostado dos últimos 365 dias e tem aqueles que não viam a hora desse capítulo da história se encerrar. Porém, não dá para dizer que o ano tenha sido marcado pelo tédio, especialmente na política. A equipe de Política do BNews preparou uma retrospectiva para lembrar os fatos mais marcantes de 2023. Confira:

Posse do presidente Lula

O ano de 2023 começou com a expectativa de como seria o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência da República. O início da gestão do petista prometia ser marcado pela diversidade com uma presença significativa de mulheres, negros e indígenas.

Porém, a pluralidade durou pouco tempo. A dificuldade de articulação política com o Congresso Nacional fez o presidente “abrir mão” de alguns desses nomes para dar a partidos do Centrão.

Atos golpistas do 8 de janeiro

Na semana seguinte a posse de Lula, Brasília foi marcada por outro fato histórico: os atos golpistas. No dia 8 de janeiro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protestavam na capital federal quando parte dos manifestantes invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes. Ao todo, 2.151 pessoas foram presas em flagrantes. Até o momento, o STF já condenou 30 pessoas por envolvimento no episódio.

Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) chegou tramitou no Congresso Nacional para investigar o episódio. Após uma troca de acusações entre governistas e oposicionistas, o relatório da comissão pediu o indiciamento do Bolsonaro ser um dos indiciados pelos atos, o que ainda não aconteceu.

O primeiro ano do governo Jerônimo Rodrigues

O ano de 2023 marcou o início do governo de Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia. Em seu primeiro ano, o petista herdou promessas de seus antecessores, Rui Costa e Jaques Wagner, como o futuro da Ponte Salvador-Itaparica e do VLT do Subúrbio Ferroviário de Salvador. A ponte parece avançar e com etapas da obra devem ocorrer em 2024. Já o VLT segue com futuro ainda incerto.

Porém, o principal “calo” de Jerônimo foi a segurança pública, com inúmeras operações policiais que chamaram a atenção de todo o Brasil. Apesar das dificuldades, o petista vem conseguindo segurar a onda de violência.

Por outro lado, uma vitória do Jerônimo foi a chegada da BYD para substituir a Ford do parque industrial de Camaçari. O grupo chinês oficializou a sua chegada à Bahia em outubro e já deve começar a operar em 2024.

A volta de Bolsonaro ao Brasil

O mês de março foi marcado pela volta de Bolsonaro ao Brasil. Ele havia deixado o país no dia 30 de dezembro de 2022, pouco antes de deixar a presidência, e passou três meses nos Estados Unidos. Com a volta, há dúvidas sobre o futuro político do ex-presidente.

Bolsonaro ainda passou a ser alvo de uma série de processos na Justiça. Além da suspeita de ter estimulado os atos golpistas, o ex-presidente responde por tentar vender presentes dados à Presidência da República, especialmente as joias dadas pelo governo da Arábia Saudita; e uma suposta falsificação do cartão de vacinação da covid-19.

Porém, a principal derrota de Bolsonaro foi imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em junho, o TSE tornou o ex-presidente inelegível por oito anos pela reunião com embaixadores, quando ele atacou o sistema eleitoral. Em outubro, uma nova derrota. Desta vez, pelo uso político abuso de poder político durante as comemorações do Sete de Setembro.

Indicações ao STF

Entre as decisões mais importantes do Governo Lula estavam as duas indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para a vaga de Ricardo Lewandowski – que se aposentou em abril – o petista Lula indicou o advogado Cristiano Zanin, que o defendeu na Operação Lava Jato.

Já para a vaga de Rosa Weber, Lula indicou o nome do então ministro da Justiça, Flávio Dino, que teve o seu nome aprovado pelo Senado em dezembro e deve tomar posse em fevereiro de 2024.

Eleições 2024

O Brasil teve pouco tempo de se recuperar das acirradas e polarizadas campanhas de 2022 e os debates para as eleições de 2024 sendo antecipadas. Na Bahia, o grupo governista, liderada pelo PT, e a direita, pelo Carlismo, já vem traçando as suas estratégias para o pleito.

Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (UB) só não disputará a reeleição se não quiser. A dúvida está em quem será o candidato a vice. Do lado petista, o candidato é o atual vice-governador Geraldo Júnior (MDB), anunciado já em dezembro

A política baiana nas páginas policiais

O ano ainda foi marcado por políticos nas páginas policiais. Em outubro, policiais federais e civis cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador de Salvador, Marcelo Maia (PMN). Uma assessora do edil é companheira de um líder da facção Bonde do Maluco. Até o momento, o episódio não conta com um desfecho.

Outro caso foi o do deputado estadual Binho Galinha (Patriota). Em dezembro, o parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal, por supostamente liderar uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais advindos de jogo do bicho, agiotagem, entre outras infrações penais, atuante em Feira de Santana.

Mundo em transe

O mundo em que teve seus momentos de turbulência. A Guerra da Ucrânia se estendeu ao longo do ano e ainda parece longe do fim. Porém, o confrontou proporcionou mudanças na geopolítica mundial. A Rússia vem driblando as sanções impostas pelos Estados Unidos usando alguns caminhos, como usar outras moedas que não dólar em acordos comerciais, em especial com a China.

Por falar nos dois países, o BRICS – grupo formado com Brasil, Índia e África do Sul – mostrou poder e abriu as portas para Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes. Estes países só vão compor o grupo em 2024.

Um tema que também chamou a atenção dos brasileiros foram as eleições presidenciais na Argentina. O eleito foi o candidato de extrema-direita, Javier Milei, que atacou Lula durante a campanha. A dúvida é saber como será a relação entre os dois países com governos bem diferentes.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp