Política

Rui Costa foi fundamental em briga entre Flavio Dino e ex-comandante do Exército; entenda

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Flavio Dino e ex-comandante do Exército, o general Júlio César de Arruda, tiveram duras discussões  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução/Twitter/@costa_rui

Publicado em 23/01/2023, às 07h42   Cadastrado por Vinícius Dias


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Ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda teve duros atritos com o ministro da Justiça e Segurança Pública do Distrito Federal, Flavio Dino (PSB). Arruda chegou a colocar o dedo na cara de Dino e fazer ameaças contra o ex-governador do Maranhão.

Essas brigas marcaram o começo do fim da gestão de Arruda no Exército. Ele foi exonerado no último sábado (21). No dia 8 de Dezembro, quando terroristas invadiram e destruíram as sedes dos três poderes em Brasília, o comandante Militar do Planato, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, teve uma discussão acalorada com o interventor da segurança pública no DF, Ricardo Cappelli.

A discussão aumentou quando o secretário, liderando a tropa da PM, chegou ao Setor Militar Urbano e anunciou que prenderia os golpistas acampados em frente ao QG. O general afirmou que a tropa da PM não passaria dali. As informações são do portal Metrópoles.

Arruda e Cappelli se reuniram no Comando Militar do Planalto. Ali aconteceu a primeira briga, com o ex-comandante colocando o dedo na cara de Cappelli e do então comandante da PM, coronel Fábio Augusto Vieira.

“O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”, disse Arruda, em tom de ameaça.

O policial, preso por determinação de Moraes, afirmou em seu depoimento à polícia que o Exército havia proibido que as prisões fossem feitas.

Briga com ministros
Três ministros se reuniram a sós com Arruda: Além de Flavio Dino, estiveram com ele José Múcio (Defesa) e Rui Costa (PT), ministro-chefe da Casa Civil.

O general exigiu que os ônibus dos golpistas, que haviam sido apreendidos pela PM por ordem de Dino, fossem devolvidos. Dino afirmou que não devolveria porque eram prova do cometimento de um crime e assim seriam tratados.

O general subiu a voz insistindo que ninguém seria preso no acampamento. Dino também alterou a voz e bateu pé: a ordem dele seria cumprida e todos seriam presos.

Neste momento, os dois já estavam em pé e o clima prenunciava uma briga ainda mais dura. Aí o ex-governador da Bahia, Rui Costa, foi fundamental e conseguiu conciliar a conversa, evitando as vias de fato e mediando conciliação.

Ficou acordado que as prisões aconteceriam no dia seguinte. No entanto, a 'fratura' na relação entre o Exército e a cúpula de Lula estava pronta.

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