Política

Rui Costa rebate críticas do mercado sobre contas públicas: “busca intriga e dissonância”

Joilson Cesar / BNews
Bnews - Divulgação Joilson Cesar / BNews

Publicado em 28/11/2024, às 12h16   Cadastrado por Daniel Serrano



O ministro da Casa Civil, Rui Costa, rebateu as críticas que o governo do presidente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem recebendo pelo anuncio dos cortes de gastos, que ocorreu nesta quinta-feira (28).

Rui Costa garantiu que o governo Lula está cumprindo “o que foi dito na campanha e na posse” e que “não tem surpresa” em relação à decisão de isenção de faixas do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), agora para quem ganha até R$5 mil.

“O que se está fazendo hoje é acenando para responder um mercado, que, pelo texto que publicam, estavam precificando no presente um desequilíbrio futuro das contas públicas. E aqui se está garantindo que esse desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá”, disse.

“Ontem, vi o mercado insistentemente lançando notícias falsas para aproveitar ganhos desses picos, de que isso seria anunciado para 2025, e tendo pico de subidas de dólares. Colocar em 2025 seria romper a previsibilidade. Está sendo cumprido o que foi dito na campanha e na posse, não tem surpresa”, reforçou Rui.

O ministro garantiu ainda que não vai alimentar “essa coisa usada como apuração e que busca intriga e dissonância dentro do governo”. “Temos de buscar o conjunto de medidas administrativas pra garantir o cumprimento da lei para programas sociais”, afirmou.

Ações do governo

A equipe econômica do governo Lula (PT) anunciou nesta quinta-feira (28) a planos para a revisão de gastos no Orçamento. O anúncio acontece depois de um mês de pressão do mercado financeiro. Estiveram presentes no anuncio os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento).

Na noite da última quarta-feira (27), Haddad antecipou algumas medidas presentes no esforço fiscal. São elas:

  • isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil;
  • cálculo do salário mínimo com base no regra do arcabouço fiscal;
  • correção do abono salarial pela inflação;
  • pente-fino em benefícios sociais, como no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC);
  • limitação dos supersalários dos servidores públicos;
  • instituição de uma idade mínima para aposentadoria de militares;
  • limitação de transferência de pensões de militares;
  • destinação de 50% emendas de comissão à saúde pública;
  • ações para combater o volume de renúncias fiscais; e
  • proibição de criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários em caso de déficit primário nas contas do governo.

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