Política
De férias em São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhou a operação da Polícia Federal que prendeu, nesta terça-feira (19), quatro militares do Exército e um policial federal suspeitos de orquestrar um plano para matar o então presidente eleito Lula em 2022.
Para a coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, aliados do ex-presidente informaram que ele evitou entrar em detalhes, mas avaliou que a operação seria uma tentativa de Lula de mostrar, durante o G20, que seria um “democrata”, ao prender supostos “golpistas”.
Lula comanda a reunião da 19ª cúpula do G20 no Rio de Janeiro desde a segunda-feira (18). O encontro reúne líderes mundiais como os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden; da China, Xi Jinping; e da Argentina, Javier Milei.
As investigações da PF apontam ainda que Bolsonaro teria redigido, ajustado e “enxugado” a chamada “minuta do golpe”, uma espécie de decreto que previa a intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do então presidente eleito Lula e convocar novas eleições no Brasil.
Foram presos pela PF nesta terça o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra de Azevedo, Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima. Fernandes foi o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro.
Além dos quatro militares, foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares. Segundo a investigação, o grupo teria um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022” para matar Lula e Geraldo Alckmin.
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