Política

Saiba como Bolsonaro recebeu a delação de Mauro Cid

Alan Santos / PR e Geraldo Magela / Agência Senado
O pedido foi homologado no último sábado (9) pelo ministro Alexandre de Moraes  |   Bnews - Divulgação Alan Santos / PR e Geraldo Magela / Agência Senado
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 11/09/2023, às 09h32


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Jair Bolsonaro (PL) ainda não acredita que o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, fez uma delação premiada com a Polícia Federal (PF), que pode afetar diretamente o ex-presidente. É o que diz a coluna de Bela Megale no Globo. 

O pedido de delação premiada foi homologado no último sábado (9), pelo ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes.

De acordo com a publicação, após a notícia da homologação, Bolsonaro demonstrava para aliados algum ceticismo e surpresa. Porém, ele pediu que auxiliares tentassem descobrir o que Cid já relatou à Polícia Federal.

Ainda segundo a colunista, aliados de Bolsonaro estariam entrando em contato com interlocutores da família e da defesa de Cid, que garantiram ao grupo do ex-presidente que não havia acordo em andamento. Bolsonaro acreditava nessa versão até sábado, quando o clima mudou depois da homologação do pedido e da liberdade provisória concedida ao seu ex-ajudante.

Internamente, o PL,partido de Bolsonaro, avalia que a maior preocupação da delação de Cid são os relatos e eventuais provas sobre investidas golpistas. Existe a preocupação de que a fala do militar não afete apenas o ex-presidente, mas que outros filiados da sigla, como o ex-ministro e general Walter Braga Netto.

A colunista traz ainda que integrantes do PL e assessores de Bolsonaro dizem que não há uma estratégia para lidar com a delação e que, até o momento, a sigla trabalhava apenas com a possibilidade de o acordo não atingir o ex-presidente frontalmente, o que está sendo revisto. 

Por ora, o PL continuará com a narrativa de que Bolsonaro vem sendo perseguido e vai trabalhar para “empoderar” a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro “para assumir o capital político do marido”. 

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