Política

Saiba como Janja pode interferir na disputa pelas vagas no STJ

Ricardo Stuckert/ PR
Duas vagas no tribunal foram abertas com as aposentadorias de Laurita Vaz (oriunda do Ministério Público) e Assusete Magalhães (reservada à Justiça Federal)  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert/ PR

Publicado em 16/11/2024, às 08h35   Cadastrado por Daniel Serrano



A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, pode ter papel decisivo na disputa pelas duas vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ). É o que diz a coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.

De acordo com a publicação, as mulheres escolhidas para as duas listas tríplices enviadas para o Palácio do Planalto acreditam que Janja pode fazer com que o presidente Lula decida em favor de uma delas já que as vagas foram abertas com as aposentadorias de mulheres: Laurita Vaz (oriunda do Ministério Público) e Assusete Magalhães (reservada à Justiça Federal).

Duas desembargadoras disputam a vaga da Justiça Federal e uma procuradora de Justiça para a do MP, o que equilibrou a contenda entre três homens e três mulheres.

Os nomes escolhidos fazem parte de uma estratégia do presidente do STJ, Herman Benjamin, e pela ala feminina do tribunal para que o número de mulheres no tribunal não diminua. Atualmente, apenas cinco mulheres integram o STJ, são elas: Maria Thereza de Assis Moura, Regina Helena, Nancy Andrighi, Daniela Teixeira e Isabel Gallotti.

Aliados das candidatas acreditam que Janja pode atuar na escolha caso se empolgue com alguma das postulantes. Um interlocutor da primeira dama diz que ela nunca escondeu o desejo de que Lula escolha mais mulheres.

 Janja já interferiu em outras disputas no Judiciário. Um dos episódios foi a escolha da desembargadora Gabriela Araújo, amiga da primeira-dama, para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

Até o momento, Janja não interferiu em outras disputas mais relevantes, como as de outras vagas do STJ e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar do empenho de aliados das candidatas, integrantes do governo duvidam que a primeira-dama deva interferir nessa disputa.

Nas indicações no Judiciário, o presidente Lula costuma ouvir os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Ricardo Lewandowski (Justiça), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil).

Classificação Indicativa: Livre

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