Política
Algumas divergências entre os ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), estão atrapalhando as articulações entre o Palácio do Planalto e o Congresso.
De acordo com informações do portal UOL, entre os ministros, em especial Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil), não conseguem chegar a um consenso com Guimarães sobre como lidar com o Congresso.
Enquanto o Planalto quer diminuir a dependência da liberação de emendas em troca de apoio, o líder tem dito que é preciso manter esse jogo para conseguir mais votos favoráveis. Aliados avaliam que essa discordância nas negociações como um dos motivos para o governo Lula passar aperto em votações na Câmara.
Integrantes do governo e pessoas próximas a Lula têm chamado Guimarães de "homem do Lira", pelo fato de o deputado geralmente defende os posicionamentos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Ainda segundo a publicação, a relação entre Guimarães e os dois ministros nunca foi boa, mas tem piorado nos últimos tempos. Como o governo tem encontrado dificuldade para aprovar algumas pautas, eles têm discordado ainda mais sobre qual estratégia deve ser adotada. Enquanto isso, Lula aumenta a pressão para que resolvam o problema.
O alerta do Planalto foi acionado durante a votação da chamada MP (Medida Provisória) dos Ministérios, no início de junho. Na oportunidade, o governo precisou se movimentar mais do que o previsto para aprovar sua reorganização da Esplanada. Lira e Guimarães teriam se aproximado de maneira mais clara durante essa votação.
Na ocasião, o presidente da Câmara criticou Rui Costa e Padilha pela articulação. No entanto, ele poupou o líder do governo na Câmara. Em dado momento, Lira chamou Guimarães de "herói bravo" que tem "lutado para que as coisas aconteçam" e culpou o governo Lula por eventuais derrotas.
A declaração chamou atenção e foi alvo de comentários, inclusive de petistas. Desde então, Guimarães recebeu o apelido de "filho do Lira".
Para o Planalto, é preciso melhorar a articulação com a Câmara liberando mais cargos para o baixo escalão —sem precisar realizar mudanças em ministérios— e dar mais atenção aos deputados. Entre as ações previstas está a presença de integrantes do governo em viagens e inaugurações, o que diminuiria a dependência das emendas.
No entanto, há uma resistência a esse movimento, que estaria sendo visto como um "jogo do Lira". Para uma ala do governo, Guimarães estaria mais interessado em manter uma boa relação com o Congresso do que com necessariamente alcançar as vontades do governo.
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