Política

"Se quem não paga imposto passar a pagar, todos nós vamos pagar menos juros", diz Haddad

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Governo já indicou intenção de taxar lucros e dividendos e apostas esportivas  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Diogo Zacarias /MF

Publicado em 30/03/2023, às 14h45 - Atualizado às 14h48   Cadastrado por Bernardo Rego



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (30), que o governo federal não pretende criar novos impostos ou aumentar a alíquota dos que já existem. Contudo, ele reconheceu que a equipe econômica vai tentar reorganizar a arrecadação cobrando de setores "mais abastados" ou daqueles que não são onerados. As informações são do G1.


Segundo Haddad, se quem atualmente não paga impostos passar a pagar, pode haver uma redução nos juros. "Se por carga tributária se entende criação de novos tributos ou aumento de alíquota dos tributos existentes, a resposta é: não está no nosso horizonte. Não estamos pensando em CPMF, não estamos pensando em acabar com Simples, não estamos pensando em reonerar a folha de pagamentos", pontuou o ministro.


Haddad afirmou, entretanto, que o governo buscará recompor a base fiscal por meio da taxação de "setores mais abastados", além de setores que não são atualmente tributados. O ministro afirmou que tributar os mais ricos possibilitará a diminuição de juros. "Se quem não paga imposto passar a pagar, todos nós vamos pagar menos juros, para isso acontecer, quem está fora do sistema tem que vir para o sistema", afirmou o ministro.


Ele avaliou que há grandes sistemas que estão à margem do sistema, e citou a taxação das chamadas "big techs" – grandes empresas de tecnologia – adotada em outras nações. "Ou a gente traz esses setores, não estou falando se setores da economia popular, estou falando de grandes setores que estão à margem do sistema, preocupação mundial com eles. Ou botamos ordem nesse sistema e trazemos para luz essa realidade e estabelecemos com Senado, Câmara e STF ou vai continuar aparecendo solavanco na economia", declarou.


O governo Lula indicou que pretende, no segundo semestre deste ano, discutir a taxação de lucros e dividendos, algo que já ocorre em outros países, e desonerar a folha de pagamentos.

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