Política

Senador bolsonarista vai contra orientação de partido e defende fim da escala 6x1: "empatia pelo próximo"

Reprodução/Redes Sociais e Waldemir Barreto/Agência Senado
O senador tem defendido veementemente o fim da escala 6 x 1  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais e Waldemir Barreto/Agência Senado
Jefferson Gonçalves

por Jefferson Gonçalves

[email protected]

Publicado em 14/11/2024, às 09h30



O senador Cleitinho (Republicanos-MG) viralizou nas redes sociais na última quarta-feira (13) após defender o fim da escala 6 x 1. O parlamentar, que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divergiu do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) com quem participou da campanha eleitoral em 2022.

Durante debate no Senado com Jorge Seif (PL-SC), Cleitinho criticou a jornada de trabalho e pediu união dos políticos para mudanças que beneficiem os trabalhadores. O mineiro trouxe à tona um exemplo familiar para defender a sua posição no apoio ao tema que está em debate na Câmara dos Deputados.

Eu vi meu pai, que morreu agora neste ano, com 70 anos de idade, fazendo a escala sete por zero. Sempre trabalhou, até não foi seis por um, foi sete por zero. E sabe o que aconteceu? O meu pai, sempre que chegava em casa, já se deitava para dormir, para acordar no outro dia para trabalhar. O meu pai não ia aos jogos de futebol quando eu jogava bola. O meu pai não foi às apresentações que eu fiz quando eu era cantor; nunca ia. O meu pai não parava um dia para ele poder me ensinar a estudar. Sabe por quê? Não fazia, não é porque ele não queria, não. É porque ele não tinha tempo; é porque sempre trabalhou”, recordou o senador.

Cleitinho citou as reformas trabalhistas e da previdência como “para ferrar com o povo”. O senador pede uma medida que beneficie os trabalhadores. Uma união entre esquerda e direita para equilibrar as demandas dos empresários e dos empregados foi clamada pelo parlamentar.

“não caia nessa ladainha de falar que o país está quebrado. Se este país até hoje não foi quebrado, não vai ser uma escala que vai acabar com este país não! Vamos trabalhar para poder valorizar tanto o empresário quanto o trabalhador! Isso é equilíbrio, a balança tem que estar igual, nem o empresário é malvadão, muito menos o trabalhador é escravo”, manifestou. 

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp