Política
Publicado em 20/05/2025, às 11h06 - Atualizado às 11h07 Rebeca Santos
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga, nesta terça-feira (20/5), a a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra integrantes do chamado núcleo 3 da trama golpista, acusados de agir para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
O ministro Cristiano Zanin iniciou a sessão às 9h47. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes (STF) leu o relatório com as acusações da PGR contra os 12 investigados.
Ao finalizar, Moraes negou um pedido de adiamento feito por Wladimir Soares, policial federal acusado de infiltrar-se na segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujos áudios foram divulgados pela PF.
Moraes destacou que os áudios não serão considerados na análise da denúncia.
“O áudio não junta novos passos nos autos. A Procuradoria-Geral da República não habilitou a denúncia em relação a esse áudio. Então, esse áudio será analisado se eventualmente a denúncia for recebida. Ele não faz parte, nesse momento, da análise. Não faz parte da denúncia oferecida pela PGR, e não fará parte também da análise do meu voto, uma vez que foi juntado de forma extemporânea”, explicou.
Claudia Sampaio Marques, subprocuradora-geral da República, afirmou que o julgamento permitirá uma “visão completa do conjunto de fatos atribuídos ao grupo criminoso”.
“Tudo foi feito previamente planejado em detalhes, executando as ações que lhe cabia para o sucesso do projeto golpista. A denúncia descreveu minuciosamente as ações de cada um dos acusados, identificaram os crimes que lhes foram atribuídos, permitindo o exercício pleno do direito de defesa. Quem lê a denúncia tem a exata compreensão dos fatos em toda a sua dimensão”, disse.
Após a exposição da PGR, as defesas dos acusados começaram a se manifestar. O advogado Ruyter de Miranda Barcelos, que defende Bernardo Romão Correa Netto, declarou: “A defesa pleiteia que a denúncia seja julgada improcedente”.
Em seguida, Luiz Mário Felix de Moraes Guerra, representante de Cleverson Ney Magalhães, argumentou: “Não teve manifestação de Cleverson Ney concordando com o eventual golpe”.
Por fim, Diogo Rodrigues de Carvalho, advogado do general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, também apresentou sua sustentação oral.
O grupo é composto por 12 pessoas, entre elas militares da ativa e da reserva do Exército, além de um policial federal que aparece em áudios comentando bastidores da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Veja a lista:
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