Política
O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou um recurso na última terça-feira (31) para investigar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A Corte recebeu o processo em 2019. O parlamentar é acusado de ter praticado o crime de corrupção passiva.
O processo será retomado na próxima terça-feira (6). O caso deve ser analisado pela Primeira Turma do STF que é composto pelos ministros Luís Roberto Barroso (presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.
O julgamento estava paralisado desde 2020, quando o ministro Dias Toffoli havia pedido vista, mais tempo para analisar o processo. Atualmente na segunda turma, o ministro integrava a Primeira Turma do STF na ocasião. Ele vai retornar à Primeira Turma de forma excepcional para julgar o caso.
Antes da paralisação do julgamento, a Primeira Turma do STF havia formado maioria para que Lira respondesse pelo crime de corrupção passiva. Barroso, Moraes e Marco Aurélio (que se aposentou em julho de 2021) tinham votado contra o presidente da Câmara.
Caso a Primeira Turma confirme Lira como réu, ele será proibido de assumir a Presidência da República, mesmo que interinamente. O presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória no comando do Executivo federal, ficando atrás apenas do vice-presidente.
A denúncia contra Lira foi apresentada em 2018 pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Segundo ela, o parlamentar teria recebido propina de R$ 106 mil. O Ministério Público apontou que o valor teria sido pago pelo presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU) na ocasião, Francisco Colombo.
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