Política
por Daniel Serrano e Vinícius Dias
Publicado em 10/04/2023, às 09h33 - Atualizado às 10h06
"Onde se instala um atacadão, diz-se que se cria 200, 300 empregos. E mata 2 mil, 3 mil empregos de mercadinhos, mercados médios, padarias, equipamentos populares são destruídos por ser impossível competir com esses equipamentos". A tese foi defendida pelo vereador de Salvador, Arnando Lessa (PT), que assumiu a cadeira na Câmara após a titular Maria Marighella aceitar convite do Governo Federal para dirigir a FunArte, vinculada ao Ministério da Cultura.
Por conta disso, Lessa defende a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano em Salvador (PDDU), assunto que tem familiaridade por presidir a comissão que tratou do assunto em 2016.
"De lá pra cá, se alterou muita coisa. É lamentável que essas mudanças sejam sempre pontuais e circunstanciais em torno de interesses. A quantidade de atacadões, equipamentos de volume grande nos bairros populares de Salvador, em vias que não havia previsão para a instalação desses equipamentos no PDDU e foi alterado para que Salvador possibilitasse esse impacto de vizinhança, esgotamento sanitário, construção de equipamento, estacionamento, beneficiando interesses que não são da maioria população."
Segundo Lessa, os interesses econômicos de grandes conglomerados não pode prevalecer sobre outros temas, como a preservação e fomento do comércio local e a preservação de áreas verdes da cidade.
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